O mercado de viagens corporativas no Brasil alcançou um marco significativo em junho de 2024, com receita de R$ 11,1 bilhões, conforme dados do LVC (Levantamento de Viagens Corporativas), criado pela FecomercioSP em parceria com a ALAGEV (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas).

Esta cifra representa um aumento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, estabelecendo um novo recorde histórico para o período. O valor ultrapassa o faturamento de R$ 10,8 bilhões registrado em junho de 2014, consolidando um desempenho notável para o setor.

No primeiro semestre de 2024, o segmento também apresentou um crescimento de 3,7% comparado ao mesmo intervalo do ano passado, totalizando R$ 62,2 bilhões em faturamento. Embora este valor esteja ligeiramente abaixo do recorde semestral de R$ 63 bilhões alcançado em 2014, há uma expectativa crescente de que esses números possam ser superados nos próximos anos, dada a tendência positiva observada.

Motivadores do crescimento

O aumento no faturamento de junho pode ser atribuído ao fortalecimento contínuo do mercado de viagens corporativas, que tem impulsionado a demanda por serviços de hospedagem, locação de veículos e transportes aéreos e rodoviários.

O avanço nas tarifas desses serviços também contribui para o crescimento do faturamento. “De maneira geral, é um momento recorde para o setor de viagens corporativas e deve ser celebrado. O valor histórico atingido no mês de junho sustenta a ideia da relevância das viagens corporativas para a dinâmica econômica do país”, afirma Luana Nogueira, diretora executiva da ALAGEV.

Os resultados do estudo estão alinhados com as previsões do GBTA (Global Business Travel), que prevê um crescimento anual de 6% no faturamento do setor para o Brasil. Essa projeçõ foi destacada por Suzanne Neufang, CEO do GBTA, durante a 16ª edição do evento realizado em Atlanta, EUA, entre 22 e 24 de julho. “É certo dizer que, com o ritmo atual de elevação dos indicadores da ALAGEV e da FecomercioSP, o mercado de viagens corporativas vai atingir o crescimento previsto pelo GBTA”, conclui Luana.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Caio Gallucci