azul- slotsSlots pertenciam à Avianca Brasil

Terceira maior companhia aérea do país, a Azul recebeu 15 dos 41 slots adicionais do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Distribuídos pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os horários de pouso e decolagem pertenciam à Avianca Brasil, que teve suas operações suspensas em maio deste ano.

Os slots restantes foram distribuídos entre empresas de menor porte como Map (12) e Passaredo (14). Gol e Latam já possuem acordos operacionais, informou a Anac, sem especificar os critérios utilizados para a alocação dos horários.

Map e Passaredo precisarão comprovar às autoridades de aviação o “atendimento de requisitos operacionais exigidos para operação no aeroporto” até o dia 9 de agosto – o que inclui capacidade das aeronaves operarem em velocidades adequadas ao fluxo do terminal. Azul e Map já haviam feito o pedido para ficarem com a totalidade dos slots cada uma – e Passaredo requisitou 30 do montante.

A Two Flex não recebeu permissões de pousos e decolagens na pista principal de Congonhas.“Em razão das aeronaves operadas pela empresa (monomotor turbohélice), os 14 slots solicitados foram alocados na pista auxiliar de Congonhas e estão pendentes de confirmação pelo CGNA (Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea)”, afirmou a Anac.

Azul: concorrência

A distribuição não altera o duopólio virtual da Gol e Latam no terminal, que abriga a ponte aérea Rio-São Paulo, a mais lucrativa do país. Segundo a Anac, as companhias detém 87,53% dos slots do aeroporto, totalizando 470 horários diários. Anteriormente, a Azul tinha 26 slots de Congonhas.

“Operar slots em Congonhas com aeronaves menores e, consequentemente, com poucos assentos, representa um uso ineficiente desses valiosos recursos públicos, impedindo a entrada efetiva de qualquer novo concorrente nas pontes aéreas Congonhas-Rio e Congonhas-Brasília”, afirmou a Azul na ocasião.

A companhia entretanto ainda não se posicionou a respeito de como vai utilizar os slots recebidos. De acordo com a empresa, o volume ainda é insuficiente para permitir uma “adequada operação de ponte aérea” – que precisa de pelo menos 15 voos diários. Se Map e Passaredo não preencherem os requisitos exigidos pela Anac para operar, a agência vai redistribuir os slots da Avianca novamente. A Azul pode receber no máximo mais 13 slots. 

A Map informou em comunicado que já contratou a tripulação para iniciar as operações em Congonhas e que vai operar com o ATR 72, com capacidade para 70 passageiros. Atualmente, a companhia atende 14 cidades do Amazonas e Pará.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Azul Linhas Aéreas