CNC - consumo das famílias_janeiro_internaEm janeiro, ICF atingiu 97,1 pontos percentuais, informa a CNC

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) chegou a 97,1 pontos em janeiro de 2020. Apesar da queda de 0,3 ponto percentual na comparação mensal, o resultado é o melhor para o mês desde 2015. Além disso, frente igual período de 2019, o indicador registra expansão de 1,2 ponto percentual. Os dados são da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). 

Apesar da segunda queda consecutiva na comparação mensal, o recuo foi menos intensa do que o registrada no ano anterior (-0,8%). Além disso, mesmo com a alta, o ICF permanece abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos. A última vez que o indicador bateu nesse patamar foi em abril de 2015, quando mediu 102,9 pontos.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, acredita que os consumidores estão cautelosos com seus gastos no curto prazo. No entanto, com a expectativa de melhora na economia, veem o longo prazo com mais otimismo. “Os indicadores medidos neste primeiro mês traduzem uma recuperação gradual, impulsionados pela inflação baixa e redução nas taxas de juros”, avalia.

CNC e crédito

O item Acesso ao Crédito apresentou aumento mensal de 0,3 ponto percentual, após queda de 1,2 ponto percentual em dezembro. O indicador atingiu 91,7 pontos, maior nível desde maio de 2015. Na comparação anual, a alta foi de 5,6 pontos percentuais. 

A melhora na percepção das famílias em relação a crédito também pode ser constatada pela redução da quantidade de brasileiros que acredita que comprar a prazo está mais difícil.  Segundo a CNC, 39% dos entrevistados pensam assim, contra 39,7% em dezembro último e 40,5% em janeiro de 2019.

Outro destaque foi o indicador Renda Atual, que apresentou crescimento de 3,8% em relação igual período de 2019. Ao bater em 112,7 pontos percentuais, o índice atingiu seu maior nível desde maio de 2015. O item, bem como de Emprego Atual, registrou retração no comparativo mensal. 

“Normalmente, também há uma redução de renda neste período, visto que os funcionários não sentem os efeitos do benefício do décimo terceiro e da disponibilidade do saque do FGTS, como em dezembro. Além, claro, dos gastos sazonais no início do ano, como IPTU, IPVA e matrículas escolares”, afirma Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC. 

(*) Crédito da capa: Free-Photos/Pixabay

(**) Crédito da foto: Alterfines/Pixabay