O ICS (Índice de Confiança de Serviços), medido pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), caiu pelo terceiro mês consecutivo em agosto. O recuo foi de 2,6 pontos, levando o indicador a 87,1 pontos — menor nível desde maio de 2021. Na média móvel trimestral, a retração foi de 1,6 ponto. As informações são do Valor.
Segundo o economista do FGV Ibre Stéfano Pacini, a queda reflete especialmente a perda de dinamismo nos serviços voltados às famílias, que vinham sustentando a recuperação do setor. “Neste mês, notam-se resultados negativos sobretudo na demanda de serviços prestados às famílias que outrora sustentou a recuperação geral do setor. Em relação ao futuro, os empresários mantêm um olhar mais pessimista para o segundo semestre, em linha com a complexidade do cenário econômico brasileiro. O aumento da incerteza e uma expectativa geral de desaceleração da atividade com a política monetária contracionista”, avaliou.
Situação atual e expectativas em queda
A piora foi registrada tanto nas avaliações sobre o momento presente quanto nas perspectivas para os próximos meses. O ISA-S (Índice de Situação Atual) recuou 1,1 ponto, chegando a 91,2 pontos, o menor patamar desde setembro de 2021. Já o IE-S (Índice de Expectativas) teve queda de 4,1 pontos, alcançando 83,1 pontos, nível mais baixo desde março de 2021.
Dentro do ISA-S, o indicador de volume de demanda atual caiu 0,8 ponto, para 92,5 pontos, enquanto o de situação atual dos negócios cedeu 1,4 ponto, para 89,9 pontos. Entre os componentes de expectativa, a demanda prevista para os próximos três meses recuou 2,7 pontos, para 85,2 pontos. Já a tendência dos negócios para os próximos seis meses encolheu 5,4 pontos, atingindo 81,1 pontos — o menor nível desde junho de 2020, período marcado pelo lockdown da pandemia.
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