Confiança do consumidor - fgvIndicador subiu 1,4% em agosto, retornando ao patamar pré-pandemia

Em agosto, a confiança do consumidor no Brasil registrou alta pelo quarto mês consecutivo, voltando ao mesmo nível do início do impacto da pandemia na economia. Os dados foram divulgados hoje (24) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Apesar do aquecimento, o ritmo de ganhos comparados aos meses anteriores caiu. As informações são da Reuters.

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu 1,4% em agosto, chegando a 80,2 pontos, mesmo índice registrado em março. Com esse resultado, o índice recupera o recuo acentuado de 22 pontos de abril, mês de pandemia que teve o maior impacto econômico devido à imposição de medidas de isolamento, que geraram perdas em vários setores e fortes quedas no emprego e na renda.

Apesar de ter apresentado seu quarto salto mensal seguido, a melhora da confiança em agosto teve uma desaceleração ante o ritmo da recuperação iniciada em maio, disse a FGV. A instituição de ensino destacou também a “expressiva heterogeneidade entre as classes de renda”.

“Os consumidores de renda baixa registram queda da confiança e parecem agora projetar maiores dificuldades nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao fim dos pagamentos de auxílio emergencial”, disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV Ibre. Ela também acrescentou que as classes intermediárias continuaram confiantes e que a população de maior poder aquisitivo está insatisfeita com a situação atual.

Confiança do consumidor: outros indicadores

Em agosto, o ISA (Índice da Situação Atual), que mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente, subiu 0,5 ponto, para 71,5 pontos, nível ainda muito baixo em termos históricos. O IE (Índice de Expectativas) avançou 2,0 pontos, para 87,1 pontos, o melhor resultado desde fevereiro.

O indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia avançou 1,2 ponto, para 75,1 pontos, enquanto o indicador que mede a satisfação com a situação financeira familiar cedeu 0,3 ponto, para 68,4 pontos.

A recuperação da confiança do consumidor no Brasil nos últimos meses foi impulsionada por medidas de flexibilização das restrições impostas no combate ao coronavírus em importantes centros econômicos, como São Paulo. Enquanto isso, a doença segue avançando no país, que já registra quase 115 mil mortos.

(*) Crédito da foto: Pexels/Pixabay