CNC - confiança do empresario do comercioIndicador chegou a 78,2 pontos, mas segue na zona de declínio

Em alta história, a confiança do empresário do comércio subiu 11,5% em agosto, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O indicador medido pelo Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) já vinha apresentando melhoras em julho e segue a tendência positiva, chegando a 78,2 pontos, embora permaneça na zona de declínio, abaixo dos 100 pontos.

O crescimento mensal foi o maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. Por outro lado, no comparativo anual, houve queda de 32%. José Roberto Tadros, presidente da CNC destaca que a retomada econômica do país ocorre de forma gradual, uma vez que a redução em praticamente todos os segmentos foi bastante intensa durante a pandemia do novo coronavírus. 

“Os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o ‘fundo do poço’ dessa crise ficou mesmo em abril. Além disso, apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, afirma. 

Os três subíndices do Icec apresentaram alta em agosto, com destaque para o que avalia as expectativas para o curto prazo. O indicador registrou aumento de 17,8% – em relação a julho –, revelando o otimismo dos comerciantes para os próximos meses em relação à economia e ao desempenho do comércio e da própria empresa.

Com o avanço mensal, o item alcançou 127,1 pontos e se consolidou como o de maior nível entre os principais indicadores da pesquisa. A avaliação dos comerciantes especificamente com relação ao desempenho da economia nos próximos meses também chamou a atenção, com crescimento de 19,3% – o segundo consecutivo –, chegando a 116,5 pontos e voltando à zona de avaliação otimista. 

O indicador que mede a satisfação dos comerciantes com as condições atuais registrou o primeiro aumento (+5,9%) em cinco meses, após acumular quedas intensas em abril, maio, junho e julho. O item chegou a 36,9 pontos, ainda 58,2% atrás da pontuação registrada em agosto de 2019.

CNC: intenção de contratação

Caminho semelhante seguiu o índice que avalia as intenções de investimento, que apresentou sua primeira alta desde abril (+4,3%), alcançando 70,5 pontos. Entre os indicadores de investimento, a intenção de contratação de funcionários, apesar de estar 48 pontos abaixo do nível pré-pandemia, teve crescimento recorde em agosto (+13,9%), chegando a 77,9 pontos. Pela primeira vez, desde dezembro de 2019, cresceu a proporção de empresários do comércio que afirmaram ter pretensão de aumentar o quadro de funcionários (de 25,1%, em julho, para 33,2%, em agosto).

(*) Crédito da capa: stevepb/Pixabay