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COP30, Belém e a hotelaria: ESG começa nas pessoas

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A COP30, em Belém, deixou um recado simples e duro: o mundo está fora da rota de 1,5ºC, mas não dá mais para fingir que não se sabe o que fazer. O chamado Pacote de Belém e os 59 indicadores globais de adaptação colocam no papel algo que o dia a dia já mostra: ou a sociedade se prepara para um clima mais extremo, ou as perdas sociais e econômicas serão cada vez maiores – especialmente em destinos turísticos.

Pela primeira vez, os países concordam em olhar para a adaptação com uma régua comum: água, saúde, cidades, ecossistemas, patrimônio cultural, pobreza, governança e financiamento.

Não é teoria de conferência: é o que define se um destino vai continuar conseguindo receber visitantes com segurança – ou não. E é nesse ponto que a hotelaria entra.

O que isso tem a ver com hotéis?

Quando se fala em COP, é comum imaginar um palco distante, ocupado por chanceleres e petroleiras. Mas os efeitos das decisões de Belém passam, necessariamente, por territórios concretos – muitos deles sustentados pela hotelaria e pelo turismo.

Os 59 indicadores perguntam, em essência:

  • Como o território lida com enchentes, secas, ondas de calor e doenças?
  • A infraestrutura crítica – água, energia, saúde – tem plano de adaptação?
  • Comunidades, trabalhadores e visitantes estão protegidos por sistemas de alerta e proteção social?
  • Ecossistemas e patrimônios culturais usados como atrativos turísticos estão sendo preservados ou tensionados ao limite?

Em outras palavras, não basta mais falar de “hotel sustentável” apenas em termos de energia, lixo e plástico. A pergunta que começa a chegar para redes, pousadas e resorts é outra: como o hotel contribui para que o destino se adapte ao clima que já mudou – e protege as pessoas que dependem dele?

ESG é sobre pessoas, não sobre modismo

Para a ESG Pulse, o ponto de partida é uma premissa simples: ESG começa nas pessoas e existe para as pessoas.

Antes de ser uma sigla da moda, ESG é um jeito organizado de responder a três questões:

  • Ambiental: haverá água, energia e conforto térmico suficientes para quem vive e visita o destino?
  • Social: como proteger equipes, fornecedores, vizinhos e hóspedes frente a eventos extremos?
  • Governança: quem decide, com base em que dados, e como presta contas?

Quando as pessoas estão no centro, os grandes temas da COP30 deixam de ser abstratos:

  • A falta de água impacta lavanderia, cozinha, piscina, paisagismo – e a comunidade ao redor.
  • Ondas de calor mudam a forma de trabalhar, limpar um quarto, cozinhar e receber um hóspede idoso.
  • Enchentes e deslizamentos interrompem estradas, acessos e, em alguns casos, a própria operação hoteleira.
  • Doenças sensíveis ao clima alteram a percepção de segurança do destino.

O hóspede sente. A equipe sente. O caixa sente. Nesse contexto, ESG é menos discurso e mais capacidade de proteger pessoas e negócio ao mesmo tempo.

Do indicador global ao passo concreto no hotel

Como transformar tudo isso em ação sem exigir uma estrutura que a maioria dos hotéis não tem? O caminho não é tentar abraçar os 59 indicadores de uma vez, e sim traduzir o que é relevante para a operação e para o entorno. Por exemplo:

Água e saneamento

  • Mapear o risco hídrico do hotel e ter um plano simples para períodos críticos.
  • Monitorar consumo e perdas de forma rotineira, não apenas em auditoria.

Saúde e calor extremo

  • Ajustar procedimentos internos durante ondas de calor: pausas, hidratação, ventilação em áreas de serviço.
  • Definir um protocolo claro para hóspedes mais vulneráveis.

Ecossistemas e patrimônio

  • Rever atividades que pressionam trilhas, praias, rios e comunidades.
  • Apoiar iniciativas locais de proteção, não como marketing, mas como seguro do próprio ativo turístico.

São medidas que cabem no dia a dia e que dialogam com a nova régua global de adaptação.

Uma ferramenta acessível: como a ESG Pulse entra nessa reinvenção

Se a COP30 elevou o nível da conversa, o papel da ESG Pulse como ferramenta é fazer o movimento inverso: trazer esse nível para perto da realidade de quem opera um hotel.
A organização está estruturando sua atuação em três direções:

Alinhamento aos indicadores de Belém

A ESG Pulse conecta seus critérios de certificação e verificação à lógica dos 59 indicadores globais, de forma simples:

O que um destino, um hotel ou um espaço de eventos já consegue medir hoje que dialoga com essa agenda?

Ferramenta para todos, não só para gigantes

Autoavaliações claras, em linguagem direta, que podem ser respondidas por um(a) gerente, não apenas por um time de especialistas.

Recomendações de plano de ação proporcionais ao porte do empreendimento, focadas no que é realmente material.

ESG como processo contínuo, não como selo único

Indicadores que podem ser acompanhados ao longo do tempo.

Comunicação honesta: onde o hotel já avançou, onde ainda há lacunas e quais próximos passos são possíveis.

A intenção não é criar uma nova camada de burocracia. É oferecer uma régua única, feita no Brasil, alinhada ao que o mundo está passando a medir, para que hotéis de todos os tamanhos consigam se enxergar dentro dessa agenda sem medo – e sem precisar começar do zero.

Conclusão: da década das promessas à década da coerência

A COP30 inaugura, na prática, a década da execução: menos discursos novos, mais entrega no território.

Para a hotelaria brasileira, isso pode representar também a década da coerência:

  • Menos ESG de fachada, mais cuidado real com pessoas e lugares;
  • Menos ações isoladas, mais alinhamento com planos de adaptação do destino;
  • Menos receio da régua global, mais uso inteligente dela a favor do negócio.

É nesse ponto de encontro que a ESG Pulse deseja atuar: ajudando a transformar o vocabulário da COP30 em decisões concretas de governança, operação e investimento – sempre com uma lembrança simples em mente:

Não existe hotel resiliente em destino frágil, e não existe destino resiliente sem olhar para as pessoas que fazem a hospitalidade acontecer.

Para saber mais, acesse o link.

(*) Crédito da foto: Divulgação/ESG Pulse

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