Cassinos podem gerar uma receita de até R$ 100 bilhões em dez anos
(foto: pixabay/meineresterampe)

De volta à cadeira de ministro do Turismo depois da confirmação do afastamento de Dilma Rousseff (PT), Henrique Eduardo Alves (PMDB) posicionou-se como entusiasta do projeto de lei que pretende legalizar os jogos de azar no Brasil.

Em declaração à Folha de São Paulo, o representante do MTur (Ministério do Turismo) defendeu a legalização de cassinos, bingos e similares argumentando que hoje os jogos já existem de maneira clandestina no País, sem gerar qualquer benefício para o Estado. 

De acordo com a visão de Alves, a liberação seria um estímulo ao turismo e à retomada da atividade econômica. Ele ainda acrescenta que Michel Temer (PMDB), presidente da República em exercício, é simpático a ideia.

Outros ministros do governo que assumiu na última semana defendem a liberação. Maurício Lessa (Transportes), Blairo Maggi (Agricultura) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) também já afirmaram ser a favor da legalização.

Visão dentro do setor
Nas discussões que ocorrem entre os representantes do turismo no País a pauta também é assunto corriqueiro. No final do último mês a ABR (Associação Brasileira de Resorts) reuniu alguns empreendimentos associados para falar a respeito. Na ocasião, o deputado federal Herculano Passos (PSD-SP), um dos responsáveis pelo andamento do projeto na Câmara dos Deputados, elucidou alguns detalhes acerca da legalização.

Outro posicionamento enfático é o da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), que defende a medida e enxerga nela uma grande possibilidade de desenvolvimento para o turismo e para a hotelaria nacional.

Estudos feitos pela comissão que defende a legalização na Câmara, estima que, num eventual cenário de liberação, no primeiro ano a arrecadação seja de R$ 15 bilhões, número que em dez anos passaria a ser de R$ 100 bilhões anuais.

Atualmente o trâmite está no Senado, onde passará por plenário.

Serviço
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