desempregoImpacto do coronavírus ainda não foi medido pelo levantamento

Ainda sem contabilizar os efeitos da pandemia, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 11, 6% no trimestre encerrado em fevereiro. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o indicador cresceu 12,2% nos três primeiros meses de 2020 comparado ao mesmo período em 2019, atingindo 12,9 milhões de pessoas.

De acordo com a entidade, ainda não é possível prever o impacto do coronavírus sobre os números, já que o balanço foi feito entre os meses de janeiro e março. A alta do desemprego foi de 1,3 p.p sobre o trimestre anterior (10,9%) – o que representa 1,2 milhão de pessoas a mais na busca por um trabalho.

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE. O levantamento não trabalha apenas com trimestres tradicionais, mas também com períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio; etc).

Já a taxa de informalidade chegou a 39,9% da população empregada, o que representa 36,8 milhões de pessoas. No trimestre móvel anterior, o indicador atingiu os 41%, e no mesmo trimestre de 2019, 40,8%.

Desemprego: coronavírus

O levantamento ainda não contabilizou os prejuízos causados pela pandemia no mercado de trabalho brasileiro. O período de isolamento social ainda não estava vigente em grande parte do período analisado, pois a maioria dos estados decretou estado de emergência a partir da segunda quinzena de março.

A Pnad é realizada em 211.344 residências em cerca de 3,5 mil municípios. O IBGE considera desempregado que não tem trabalho e procurou alguma oportunidade nos últimos 30 dias anteriores à semana da coleta de dados.

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News