Aos poucos, o Brasil volta aos eixos depois dos revezes provocados pela pandemia do coronavírus. Dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados hoje (16) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), apontam que a economia brasileira cresceu 2,4% em julho frente ao mês anterior. Na comparação anual, contudo, houve queda de 6,1%.

Apesar do crescimento mês a mês, o PIB brasileiro teve retração recorde no segundo trimestre frente aos três meses anteriores. “A economia segue em trajetória de crescimento no mês de julho. Após ter em abril o seu pior momento econômico, reflexo da pandemia de Covid-19, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota.

O estudo da FGV trouxe ainda outros dados interessantes sobre o momento da economia brasileira. Os dados se referem ao trimestre encerrado em julho frente igual período de 2019:

  • O consumo das famílias caiu 10,1%, com retração de 12,5% no consumo de serviços
  • Os investimentos (formação bruta de capital fixo) cedeu 7,8%, com recuo de 18,1% em máquinas e equipamentos
  • A exportação teve alta de 4,9%; enquanto a importação encolheu 20%

FGV e mais dados econômicos

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu há pouco manter a Selic estável em 2% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado e interrompe um ciclo de cortes dos juros iniciada em julho de 2019.

Ao todo, foram nove reuniões consecutivas do comitê com redução da taxa básica de juros. Em 2% ao ano, indicador já está na mínima histórica.

(*) Crédito da foto: Tomaz Silva/Agência Brasil