créditoSaldo de financiamentos passou a representar 48,9% do PIB

Puxado pelo apetite de empresas, o estoque total de créditos no Brasil teve alta de 2,9% frente e fevereiro, o que representa o montante de R$ 3,587, de acordo com dados do BC (Banco Central). Segundo informações divulgadas hoje (28), o saldo de financiamentos no país passou a 48,9% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 47,7% no mês anterior. As informações são da Reuters.

Entre as pessoas jurídicas, o aumento do crédito foi de 6,4% em março sobre fevereiro, enquanto entre as pessoas físicas o aumento foi de apenas 0,3%. Olhando apenas o crédito com recursos livres, em que as taxas são livremente pactuadas entre bancos e tomadores, houve crescimento de 9,9% para empresas e de 0,1% para pessoas físicas.

Nesse caso, o BC chamou a atenção para a expansão de modalidades para pessoas jurídicas com influência sazonal, como desconto de duplicatas e recebíveis, e antecipação de faturas de cartão, mas também nas relacionadas a fluxo de caixa (capital de giro), e nas de comércio exterior (adiantamentos sobre contratos de câmbio e financiamentos a exportações). No primeiro trimestre, a alta geral do crédito no país foi de 3,1% e em 12 meses de 9,6%.

Crédito: previsões

Para este ano, o BC previu no fim de março um crescimento do crédito no país de 4,8%, sobre cálculo de 8,1% feito em dezembro, tendo como pano de fundo um PIB estável este ano. Mas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já admitiu que a atividade econômica deve sofrer uma contração em 2020 em decorrência da crise com o Covid-19. Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram a 33,2% em março, contra 34,1% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres.

O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, foi de 27,5 pontos no mesmo período, queda de 1,4 ponto sobre fevereiro. Por sua vez, a inadimplência em recursos livres ficou estável em 3,8%.

(*) Crédito da foto: Adriano Machado/Reuters