Minor HotelsAmaral: as empresas serão obrigadas a ter uma capacidade de reação muito rápida

Diante da crise gerada pelo coronavírus, a hotelaria, assim como todo o setor do turismo, encontram-se em um momento delicado. Meio às incertezas, a definição do que fazer para resistir aos tempos de pandemia e ao período pós crise parece uma questão abstrata. Mas Marco Amaral, vice-presidente de Operações e Desenvolvimento da Europa e América do Sul do grupo Minor Hotels, encontrou uma resposta.

O executivo, assim como outros profissionais do turismo, encontra-se diante da necessidade de garantir a sobrevivência dos empreendimentos e se preparar para a retomada. Em sua visão, o segmento irá deparar-se com uma grande transformação. O movimento requer investimento, reestruturação e adequação a novos comportamentos dos clientes, demandando a reinvenção de modelos e processos adotados pré-pandemia. "Todas as empresas serão obrigadas a ter uma capacidade de reação muito rápida, já que ninguém ainda sabe como vai ser o novo comportamento do consumidor, as exigências dos órgãos nacionais e internacionais e quanto tempo o mercado vai demorar a retomar".

Minor Hotels: adaptações

O primeiro passo indicado pelo gestor é a definição do momento ideal para reabertura, e o cálculo deve ser feito a partir de análises financeiras: "É essencial levar em consideração o gasto da reabertura para fazê-la na hora mais oportuna e, claro, implementando as medidas de higiene e segurança para os colaboradores e hóspedes, que venham a ser exigidas pelo governo e instituições responsáveis".

Outro passo fundamental será adaptar-se às novas medidas operacionais. A crise do coronavírus trouxe ao consumidor novos hábitos de higiene, que passam também a demonstrar segurança. Por isso, será de suma importância garantir que o ambiente é seguro, reforçando a informação através da comunicação.

Um ponto positivo, na visão do gestor, é a tecnologia, que age como fator conectivo durante tempos de isolamento: "Vamos fazer maior uso do que já estava disponível, mas era pouco utilizado, como celulares para acessar aos quartos. Além disso, a tecnologia será protagonista para assegurar as medidas de higiene e segurança e sempre que possível diminuir o contato entre pessoas".

Para o período de retomada, a rede irá adotar um posicionamento contrário à guerra de preços com outros players. A aposta é de que não será a oferta que fará o consumidor perder o receio de viajar e, em vez de descontos, apostará em outras vantagens, como um upgrade, oferta de drink e transfer, além de garantia de cuidado máximo com a segurança dos espaços. Amaral defende que "a relação aberta e espírito de colaboração entre empresa, fornecedores e cliente é fundamental para atravessar o momento difícil".

(*) Crédito da foto: Divulgação/Minor Hotels