A programação do 10º Expo Fórum Visite São Paulo, realizada hoje (1º) em São Paulo, incluiu um painel dedicado a um tema cada vez mais presente em diversos setores, inclusive no turismo: ESG (Environmental, Social and Governance). O debate contou com a participação de Fernando Beltrame, CEO da Escaplan Soluções em Sustentabilidade; Alexis Pagliarini, CEO e fundador da Criativista ESG4; e Hélio Brito, fundador e CEO da ESG Pulse.
Abrindo a conversa, Beltrame destacou a realização da COP30, no mês passado, em Belém, que discutiu a crise climática global e iniciativas voltadas a um futuro mais sustentável. Nesse contexto, o executivo chamou atenção para a necessidade de adaptação climática. “Se as COPs não fossem realizadas, a crise climática estaria em um cenário ainda mais preocupante”, afirmou.

“Na bluezone, área oficial da COP30, um tema que se destacou foi o alerta sobre a perda de biodiversidade no Brasil. O turismo local e regenerativo, assim como na COP30, precisa ganhar protagonismo para que possamos reverter esse quadro”, completou Beltrame.
Ao falar sobre a atuação da ESG Pulse, Brito explicou que a empresa iniciou certificando eventos corporativos e depois expandiu a iniciativa para hotéis, resorts, espaços de eventos e fornecedores.
“Cada um tem sua trilha ESG, com práticas consideradas ideais. Agora entramos em uma terceira fase: certificar destinos com potencial turístico, elevando o padrão nacional frente aos players internacionais. O Brasil nunca esteve no mapa dos destinos sustentáveis, e nosso objetivo é mudar isso, oferecendo uma plataforma que permita aos destinos diagnosticar seus principais desafios e definir o que precisa ser feito”, afirmou.
Evolução do ESG
Sobre o avanço do ESG ao longo dos anos, Pagliarini ressaltou, em sua fala no Expo Fórum, que nesse processo de amadurecimento é essencial compreender que as empresas com melhor desempenho são aquelas que evoluíram mais rapidamente nas práticas ESG.
“Trata-se de performar melhor e garantir longevidade ao negócio, cuidando das pessoas e do meio ambiente. No Brasil, grandes grupos internacionais impulsionaram iniciativas importantes, mas esse avanço foi freado pelo ‘efeito Trump’, que passou a negar a crise climática e dificultar as discussões”, explicou.
Complementando, Brito observou que há uma demanda crescente no cenário global pelas chamadas certificações verdes. “Isso já se tornou critério em muitas grandes empresas — e impacta diretamente o turismo, pois também envolve companhias relevantes do ecossistema do setor”, analisou.
(*) Crédito das fotos: Lucas Barbosa/Hotelier News

















