FGV: confiança do consumidor tem segunda alta consecutiva em julho
25 de julho de 2022A confiança do consumidor subiu 0,5 ponto em julho ante junho, chegando a sua segunda alta consecutiva. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) alcançou a marca de 79,5 pontos, em uma escala de zero a 200. Com o resultado, o indicador atingiu seu patamar máximo desde agosto de 2021 — quando ficou em 81,8 pontos.
Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,3 ponto para 78,0 pontos. De acordo com a FGV, a escalada em julho foi puxada pelas expectativas em relação ao futuro próximo. Outro destaque da pesquisa foi a diferença de comportamento do ICC entre as faixas de renda participantes do relatório.
“Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo. Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo”, diz a nota explicativa divulgada pela FGV.
Entre pessoas com menor faixa de renda, a confiança cresceu. Contudo, para famílias com maior poder aquisitivo, o ICC registrou queda. O índice subiu 1,8 ponto para consumidores mais pobres e caiu 0,4 ponto na maior faixa de renda.
Índice da Situação Atual
Ainda segundo dados da FGV, O ISA (Índice da Situação Atual), que apura a confiança no presente, se manteve estável, com queda de 0,1 ponto — ficando em 70,3 pontos — nível abaixo em termos históricos e inferior aos índices pré-pandêmicos.
O indicador que mede a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica teve alta de 1,2 ponto para 77,9 pontos — melhor resultado desde março de 2020 (82,1 pontos). Por outro lado, a percepção sobre a situação financeira das famílias caiu 1,4 ponto para 63,3 pontos. “Ambos continuam em nível baixo em termos históricos”, diz a nota da FGV.
Já no IE, o indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira nos próximos meses avançou 3,5 pontos, para 89,3 pontos.
(*) Crédito da foto: stevepb/Pixabay