O governo federal anunciou a ampliação do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Além de confirmar a terceira etapa do projeto, a administração Jair Bolsonaro divulgou que deve transformar o Pronampe em um programa permanente. Para esta nova etapa, contudo, haverá algumas mudanças.

A informação é de Carlos Da Costa, secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade. Segundo ele, a taxa de alavancagem será de quatro vezes e a perda a ser coberta pelo governo de 25% (na carteira atual é de 85%). Já a taxa de juros também deve ser mais elevada, sem superar, entretanto, um dígito. Atualmente, os juros cobrados são a Selic mais 1,25% ao ano.

Presidente do Sebrae, Carlos Melles saudou a novidade. Para ele, o Pronampe foi fundamental para ajudar pequenos negócios a superarem os efeitos econômicos da pandemia. Isso porque, segundo pesquisas da agência, o acesso a crédito melhorou. Em abril apenas 11% das empresas que buscavam financiamento tinham o pedido atendido. No último levantamento, feito entre a última semana de setembro e a primeira de outubro, o percentual subiu para 31%.

“Essa evolução é resultado das várias medidas adotadas pelo governo, em especial o lançamento do Pronampe. O crédito é muito importante para o capital de giro. Nesse momento de retomada, em que o empresário precisa comprar mercadorias, pagar impostos e fornecedores, dar conta da folha de pagamento, entre outros compromissos, o crédito é um oxigênio fundamental”, diz Melles.

Pronampe - ampliação do programa_Carlos Da Costa

Da Costa: Pronampe terá novas regras e taxa de juros mais alta, embora permaneça em um dígito

Pronampe: balanço

Em suas duas primeiras etapas, o programa permitiu a realização de mais de 460 mil operações de crédito. Ao todo, o programa movimentou um volume superior a R$ 32 bilhões em empréstimos, atendendo a 430 mil micro e pequenas empresas no país.

Especificamente no turismo, houve outra notícia positiva esta semana para o mercado. Agora, em acordo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), empresas do setor passam a ser beneficiadas com garantias do PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito). A medida era dos pleitos articulados pelo G20.

O PEAC garante 80% de cada operação, dando mais segurança aos bancos e contribui para tornar o financiamento mais acessível. Desta forma, prestadores de serviços inscritos no Cadastur terão mais facilidade de conseguir as linhas de crédito do Fungetur.

(*) Crédito da capa: lkzmiranda/Pixabay

(**) Crédito da foto: Pedro Ladeira/Folhapress