Idealizada e promovida pelo Hotelier News, Academia de Hotelaria, Koncept Life e Arbache Consulting, a primeira edição do Hotel Trends ESG iniciou hoje (8) sua programação no Pullman Ibirapuera, em São Paulo, na presença de hoteleiros, empresas fornecedoras de soluções sustentáveis e parceiros.

Para abrir as atividades, Gisele Ruiz, CEO da Academia de Hotelaria, agradeceu aos patrocinadores do evento e aos organizadores. Vinicius Medeiros, editor-chefe do Hotelier News, destacou a importância do debate da agenda ESG. “É muito legal ver esse público aqui hoje. Esta é uma agenda muito importante e não tem volta, acredito que esta é a mensagem principal”.

Ana Paula Arbache, CEO da Arbache Consulting, curadora da programação do Hotel Trends ESG, desejou um bom evento aos presentes. “Espero que vocês tenham um dia agradável de muito conteúdo. Agradeço a esse time que está desde janeiro trabalhando para este evento acontecer”.

Juliana Mesquita, CEO da Koncept Life, arquiteta e urbanista, agradeceu a presença do público. “Hoje, estamos todos aqui com vocês, presenças tão especiais. Quero agradecer a participação de cada um”.

Em sua fala, Gisele ressaltou o papel do turismo e da hotelaria no processo de construção de um futuro mais verde. “Profissionais competentes e de corações abertos para um tema tão relevante e essencial para o nosso futuro, do setor e do planeta. A responsabilidade ambiental, social e de governança não são ideias distantes. E esse evento é a prova do nosso compromisso em fazer a diferença”.

abertura - organizadores

Gisele Ruiz, Vinicius Medeiros, Juliana Mesquita e Ana Paula Arbache

Edificações sustentáveis

Para dar início à programação do Hotel Trends ESG, Felipe Faria, CEO da Green Building Council Brasil, pontuou os benefícios das certificações e práticas sustentáveis dentro da proposta de valor dos empreendimentos.

“Fazemos parte de um movimento em 78 países, com a missão de incentivar e acelerar a transformação na construção civil em relação à sustentabilidade. No Brasil, temos 650 empresas que nos dão suporte em nossas atividades e somos conhecidos por nossas capacitações, formações, novas tecnologias e ações governamentais em busca de incentivos, além das certificações de edificações”, explicou Faria.

O executivo pontou que, muito além dos três pilares que compõem a sigla ESG, é preciso pensar a sustentabilidade em seu viés econômico. “Imagine sentar na frente de um incorporador e não levar em conta o negócio. Há muito o que desenvolver, trazendo aspectos de ganho econômico”, avaliou.

Para exemplificar, Faria disse que uma edificação certificada leva em conta aspectos como descarbonização, uso de energia, entre outros pontos. E, muito além dessas práticas, é preciso considerar as métricas de desempenho das práticas ancoradas em normas técnicas.

“Muita coisa fica a critério da criatividade dos projetos e em como eles pensam a tecnologia, elevadores inteligentes, dimensionamento de ar condicionado. Fornecedores também são parte essencial e demandam laudos comprovando que aqueles produtos seguem as normas de certificação”, esclareceu.

Felipe Faria

Faria destacou os benefícios dos certificados

Certificações

A Green Building possui empreendimentos certificados em 186 países, sendo o Brasil o quinto colocado no ranking, com um total de 2,5 mil projetos que levam o selo. Segundo Faria, 2022 foi um ano recorde de certificações (209). “E este ano vamos bater mais um recorde. Existe a valorização do metro quadrado, ou seja, é um diferencial competitivo. E quem diz isso é a leitura feita pelos investidores ao analisar seus portfólios de desempenho”.

O palestrante revelou que muitas marcas estão em busca de metrificação de resultados e indicadores em diferentes segmentos, como museus, hospitais, residenciais e hotéis. “Atualmente, temos cerca de 40 propriedades hoteleiras em busca de certificação”.

Faria ainda avaliou o diferencial na proposta de valor dos empreendimentos e seu impacto na experiência do cliente. “Para oferecer uma uma boa experiência, é preciso oferecer conforto. Seja ele térmico, acústico, de qualidade da água ou do ar. E percebemos essa tendência em projetos residenciais de alto padrão

Outro aspecto levantado foi o custo e economia operacional dos empreendimentos. “Quando começamos a falar em custo, em 2007, não se discutia apenas a construção, mas edificação e manutenção. A eficiência é uma proposta de valor e qualidade técnica”.

(*) Crédito das fotos: Bruno Churuska/Hotelier News