ABIH-BA - resultados de janeiroSegundo a entidade, expectativa para o Carnaval é de lotação na cidade

Apesar da ocupação mais baixa frente a 2018, janeiro foi positivo para a hotelaria de Salvador. No mês passado, os hotéis da capital registraram alta de dois dígitos tanto na diária média, quanto no RevPar. Para a ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia), a entrada de hotéis de luxo na amostra explica a expansão no tarifário, movimento já iniciado no ano passado

Em janeiro, a ocupação em Salvador recuou 4,76% frente a igual período de 2019, para 73,5%. Enquanto isso, diária média e RevPar avançaram 20,7% (para R$ 349,11) e 13,3% (para R$ 256,60), respectivamente. Para reiterar a participação importante dos hotéis de luxo no resultado mensal, a ABIH-BA revela que os indicadores ficariam diferentes, mudando a tendência do índice de receita por quarto.

Segundo a entidade, a diária média cresceria 2,9% (para R$ 282,17) e a ocupação cederia menos (3,76% para 75,3%). Com isso, o RevPar mudaria recuaria 1%, para R$ 215,92. Para Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, três fatores principais influenciaram os resultados de janeiro.

“Entre os fatores apontados para esta ligeira queda na ocupação está a crise na Argentina e a ampla divulgação dos problemas de óleo nas praias do Nordeste ocorrida no mês de outubro, período em que são fechados os grandes pacotes de reservas com operadoras”, explica Lopes, que ressalta o último ponto. “O incremento do aluguel de temporadas, sobretudo pelo Airbnb, pois com a chegada do verão e do Carnaval, Salvador recebe muitos turistas que costumam alugar casas ou apartamentos para temporada”, completa.

ABIH-BA: mais análise

Lopes observa que o resultado de janeiro sinaliza a manutenção da tendência de crescimento da diária média na cidade. “É um fenômeno observado nos últimos meses e essencial para a manutenção da atividade e dos empregos, inclusive durante a baixa temporada”, comenta o dirigente. Além disso, para o Carnaval é esperado um resultado superior ao do ano passado, com taxas de ocupação próximas a 100%, sobretudo nos hotéis que ficam nos circuitos e proximidades, como Barra, Ondina e Campo Grande.

“A cidade e a hotelaria estão preparadas para um desempenho positivo e sustentado neste ano", diz Lopes. Já para o segundo semestre (baixa temporada), ele aposta em melhora no desempenho em função da retomada do turismo de negócios. Boa parte do seu otimismo está ligada à inauguração do novo Centro de Convenções.

(*) Crédito da capa: Mr.Sobau/Unsplash

(**) Crédito da foto: Márcio Filho/MTur