A integração entre sistemas ainda é um desafio na hotelaria, mas os ganhos potenciais podem ser expressivos. Segundo pesquisa global conduzida em agosto pela Siteminder, melhorias nesse processo podem gerar bilhões de dólares em receita para o setor. As informações são da Phocuswire.
De 700 hoteleiros de diferentes portes, funções e países ouvidos, 65% acreditam que sistemas mais rápidos e totalmente integrados poderiam aumentar a receita anual, minimamente, em 6%.
A velocidade, aliás, aparece como uma grande prioridade para 93% dos entrevistados, que afirmam que a importância deste atributo cresceu nos últimos 12 meses. Entre eles, 45% relatam perda de oportunidades de receita por não conseguirem agir com rapidez, enquanto 58% classificaram agilidade como “crítica para os negócios”.
Se a resolução fosse instantânea, 39% dos hoteleiros estimam ganhos de 6% a 10%, enquanto 22% citam alta de 11% a 15%. Hoje, apenas 9% conseguem identificar e reagir em tempo real.
A pesquisa consultou profissionais da hotelaria em mercados como Estados Unidos, França, Espanha, México, Indonésia e Austrália.
Tecnologia na jogada
Apesar do reconhecimento, processos manuais ainda são comuns. Mais de um terço (36%) atualiza tarifas apenas uma vez por mês e 79% dedicam mais de 11 horas semanais a tarefas que poderiam ser automatizadas. Entre as barreiras para capturar mais demanda, a gestão de canais foi apontada por 25% dos entrevistados. Também apareceram limitações de recursos (15%), sistemas em silos (14%) e falta de visibilidade (14%). Por outro lado, 17% afirmaram já conseguir absorver toda a demanda disponível.
“A pesquisa reforça a visão de que o futuro da otimização da receita hoteleira reside na conectividade perfeita. Com ela, processos manuais são eliminados e insights se tornam ações imediatas”, afirma Leah Rankin, diretora de produtos da SiteMinder.
IA e hotelaria
A IA (inteligência artificial) também ganhou destaque no estudo. Quase metade dos hoteleiros (49%) buscam ativamente soluções de IA, com 43% se mostrando abertos a explorar recomendações baseadas nessa tecnologia. “A enorme prontidão para soluções de IA nesta pesquisa nos diz que a indústria atingiu um ponto crítico”, complementa Rankin.
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