HSMAI - Selo_Insights

No dia 28 de junho, a HSMAI Brasil organizou uma live intitulada Pró RS: Estratégias para a Crise para discutir a recuperação do turismo no Rio Grande do Sul. Conduzida por André Kabutomori, gerente do Chapter Sul da entidade, a transmissão contou com a participação de diversos especialistas do setor e atraiu 200 espectadores simultâneos.

A live contou com o apoio de diversas empresas engajadas na retomada do turismo no Rio Grande do Sul, incluindo Omnibees, Letsbook, CVC, Hotelbeds, Lighthouse, Business Factory, Climber, Plusgrade e R1 Audiovisual. Essas empresas estão focadas em colaborar com a recuperação da indústria de viagem e hospitalidade no estado, fornecendo soluções tecnológicas e estratégias para atrair turistas e fomentar o desenvolvimento econômico regional.

Na abertura, Kabutomori destacou os 10 anos de atuação da HSMAI no Brasil e seu objetivo de desenvolver o pensamento estratégico em quatro áreas principais: vendas, RM (revenue management), marketing e distribuição. Ele ressaltou o apoio da entidade a projetos como o RSnasce e o SOS Hotelaria RGS, que estão contribuindo para a recuperação do turismo no estado. Kabutomori também mencionou o sentimento de união entre os brasileiros em prol do Rio Grande do Sul e o otimismo para a recuperação dos negócios.

A seguir, a HSMAI Brasil listou os principais insights debatidos durante a live.

Redução de preços não é a solução

Guto Rocha, diretor da Letsbook, enfatizou que a redução de preços não é a solução para gerar demanda. “Preço não gera demanda neste momento. O que precisamos fazer é conversar com o nosso público, aqueles que conseguem chegar aqui de forma rodoviária e desfrutar dos atrativos”.

Ele sugeriu focar na comunicação com o público-alvo e encontrar alternativas para incentivar a recorrência de compra, preparando-se para o retorno do transporte aéreo. “A comunicação um a um é a mais importante neste momento,” concluiu.

Daniel Feitosa, head de RM da Climber, reforçou a necessidade de responsabilidade local. “Os hotéis que têm estrutura devem ser os principais a defender seu posicionamento e influenciar os empreendimentos independentes a fazerem o mesmo.” Ele propôs ações locais e regionais para facilitar o processo de decisão dos turistas, como oferecer pacotes com um mínimo de noites e descontos para estadas mais longas.

Estratégias de marketing e comunicação

Thais Medina, especialista em Marketing de Turismo e fundadora da agência Business Factory, destacou a importância de adaptar a comunicação para o público receptor. “Agora é hora de rever com quem você quer falar e quem está interessado no RS,” afirmou. A executiva enfatizou a necessidade de fornecer informações claras e seguras para os turistas, focando nos aspectos positivos do destino e oferecendo soluções para problemas de locomoção e datas.

Rafael Pessin, diretor do Casa Hotéis, reforçou a acessibilidade das rodovias até as cidades turísticas do Rio Grande do Sul. “Não estamos inacessíveis. A máquina do turismo está funcionando a todo vapor e os acessos estão seguros e liberados,” disse o executivo, incentivando o turismo regional para impulsionar a economia, especialmente durante o inverno.

Dados e projeções de demanda

Melanie Teixeira, gerente Comercial da Omnibees, apresentou números encorajadores, indicando uma recuperação nas reservas a partir de junho. “As reservas estão voltando a acontecer, com crescimento, quase retornando aos números anteriores”, revelou. Entre maio e junho de 2024, foram registradas 562 milhões de buscas no estado, demonstrando uma demanda significativa.

Felippe Campanha, da Lighthouse, corroborou os dados da Omnibees, mencionando previsões de demanda de voo e hotelaria em Porto Alegre, com picos na segunda quinzena de julho e início de agosto. Ele destacou que grande parte do mercado hoteleiro já está ajustando os valores para eventos como o Natal Luz.

Rodrigo Galvão, da CVC Corp, e Marcus Simões, diretor regional da Hotelbeds, revelaram que mais de 10% das buscas pelo destino se concentram em 2025. “Como está seu preço para janeiro, fevereiro e Carnaval? Tem que sair na frente e saber precificar lá no começo do próximo ano”, questionou Galvão.

Eles também destacaram que 80% dos turistas estão buscando estadas de quatro noites ou mais. Marcus acrescentou que a janela de vendas está maior, com turistas planejando suas viagens para datas futuras.

(*) Crédito da capa: Reprodução/Folha Extra