segunda-feira, 11/agosto
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Hyatt lucra com luxo e vê RevPar subir no 2º tri

A Hyatt Hotels Corporation encerrou o segundo trimestre de 2025 com avanço de 1,6% no RevPar, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ajustado atingiu US$ 66 milhões, enquanto o resultado líquido ficou negativo em US$ 3 milhões, aponta o Hotel Management.

O Ebitda Ajustado, por sua vez, somou US$ 303 milhões, registrando queda de 1,1%, mas com crescimento de 9% quando considerados apenas os ativos mantidos. O desempenho foi sustentado principalmente pela performance dos hotéis de luxo, que impulsionaram o RevPar, enquanto as propriedades de serviço seletivo nos Estados Unidos tiveram retração.

Atualmente, cerca de 70% do portfólio da rede está concentrado nas categorias luxo e upper-upscale, o que tem garantido desempenho acima da média. No segundo trimestre, as marcas de luxo da companhia registraram alta superior a 5% no RevPar, compensando a performance mais fraca dos hotéis econômicos. Segundo a empresa, o resultado confirma que a demanda continua aquecida no topo do mercado, impulsionada por consumidores de alta renda que seguem priorizando experiências e viagens, revela o Skift.

Falando do semestre, o período foi marcado por operações bilionárias. Poucos dias antes do encerramento do trimestre, a Hyatt concluiu a compra da Playa Hotels & Resorts por US$ 2,6 bilhões. A empresa é proprietária, operadora e desenvolvedora de resorts all-inclusive no México, na República Dominicana e na Jamaica. Logo em seguida, a rede anunciou um acordo definitivo para vender todo o portfólio imobiliário da Playa por US$ 2 bilhões à Tortuga Resorts, joint venture formada por uma afiliada da KSL Capital Partners e pela Rodina.

A transação, prevista para ser concluída até o fim do ano, será acompanhada de contratos de gestão de 50 anos para 13 dos 15 resorts, garantindo à Hyatt a operação dessas propriedades. Os recursos obtidos com a venda serão destinados à quitação de um empréstimo de US$ 1,7 bilhão contratado para financiar parte da aquisição.

Para Mark S. Hoplamazian, presidente e CEO da Hyatt, essas movimentações reforçam o modelo asset-light e fortalecem a liderança da companhia no segmento de luxo all-inclusive, que cresce rapidamente. “A aquisição e a venda planejada dos ativos imobiliários da Playa, em condições atrativas, nos permitem gerar receitas duradouras e criar valor de longo prazo para nossos acionistas”, afirma.

Outros dados

A estratégia de expansão da companhia também seguiu em ritmo acelerado. No segundo trimestre, a Hyatt inaugurou 8,9 mil quartos, sendo cerca de 2,6 mil oriundos da aquisição da Playa. Entre as aberturas de destaque estão o Hyatt Regency Zadar, primeiro hotel da marca na Croácia; o Dreams Rose Hall Resort & Spa; o Zélia Halkidiki, da coleção Destination by Hyatt; e o AluaSoul Sunny Beach. Ao final do trimestre, o pipeline da rede somava aproximadamente 140 mil quartos em contratos de gestão ou franquia, volume 8% superior ao registrado no ano anterior. A empresa ainda lançou uma nova marca upscale, a Unscripted by Hyatt, voltada para projetos de conversão e reaproveitamento adaptativo de propriedades.

Olhando para o fechamento do ano, a companhia projeta crescimento do RevPar entre 1% e 3% e aumento líquido de quartos, desconsiderando aquisições, entre 6% e 7% em relação a 2024. A expectativa para o lucro líquido varia de US$ 135 milhões a US$ 165 milhões, enquanto o Ebitda Ajustado deve ficar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,13 bilhão, representando avanço de 7% a 11% sobre o ano anterior, após ajuste pelos ativos vendidos.

(*) Crédito da foto: Divulgação