Fórum Nacional da Hotelaria - aberturaSouza e a robô Bela abriram o encontro

Com o objetivo de ofertar um conteúdo amplo e além da hotelaria, o I Fórum Nacional da Hotelaria foi aberto há pouco, em São Paulo. Com palestrantes de peso, como o economista Ricardo Amorim, o evento é promovido pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), em parceria com a revista Época e do jornal Valor Econômico, no InterContinental São Paulo.

Orlando de Souza, presidente executivo do FOHB, abriu o encontro com uma surpresa. Uma robô chamada Bela deu boas-vindas aos participantes. “Estamos realizando a primeira edição de um evento que tem tudo para ser uma referência na hotelaria nacional”, comentou Souza. “Nossa proposta é trazer temas atuais que estão afetando nosso setor. Queremos também auxiliar os profissionais que atuam no segmento, que vem passando por um momento de inflexão. Busca de melhores margens e novas tecnologias são questões que estão mudando o mercado”, completou.

Fórum Nacional da Hotelaria: economia

Logo na sequência, o economista Ricardo Amorim deu a palestra “Cenários Econômicos 2019”. Amorim começou com uma declaração curiosa: sim, a crise econômica acabou. A partir de gráficos, ele mostrou que os países emergentes vivem forte expansão há décadas. Antes dos anos 2000, por exemplo, de cada US$ 4 gerado na economia mundial, US$ 2 foram gerados em países emergentes na virada do milênio. Após isso, esse crescimento se acentuou. 

No Brasil, contudo, houve um problema. “Havia uma Dilma no meio de caminho”, brincou Amorim, mostrando que a crise foi realmente nossa, no governo da ex-presidente. “A crise nos anos Dilma não foi causada pelo cenário internacional, o que é uma boa notícia, pois podemos acabar com ela”, comentou. “A boa noticia é que 2016 foi o ponto de inflexão dessa crise toda. Há uma reversão, com expectativa de crescimento”, completou.

Fórum Nacional da Hotelaria - Ricardo AmorimAmorim: Brasil crescerá acima do que se espera

Amorim destacou que, apesar dos casos graves de corrupção, o Brasil conseguiu crescer duas vezes e meia o que os economistas projetavam em 2017. “Hoje, estamos numa curva de recuperação. Fazem sete trimestres consecutivos que a economia expande, mesmo que de forma reduzida. Se não elegermos um doido de pedra, esse fenômeno vai acelerar”, avalia.

“O dólar está caro para burro, mas, em compensação, está barato para o estrangeiro, o que pode movimentar a hotelaria, pois, em paralelo, está caro para o brasileiro viajar para o exterior”, avalia Amorim. 

Oportunidades no turismo

O economista destaca que um fenômeno sempre acontece no Brasil. “Pós-graves crises, o Brasil cresce mais de 5% nos anos anos seguintes. Se não elegermos um maluco de pedra ou haver uma grave crise internacional, o que vai acontecer é que o Brasil vai crescer mais do que as pessoas acham”, completou.

Para finalizar, Amorim deu a seguinte conclusão: as oportunidades são agora. “As pessoas não estão acreditando que o Brasil vai crescer. Se sua empresa não agir agora, vai perder a chance”, afirmou. “O agronegócio continuará crescendo e o interior do país, que concentra essa produção, vai criar oportunidades no turismo. Levando-se em conta que os países emergentes geram a maior parte da riqueza no mundo, não estamos apenas na hora certa, mas também no lugar certo. Aproveite”, concluiu.    

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News