quarta-feira, 19/novembro
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IA em foco na HSMAI Strategy Conference

HSMAI Strategy Conference - Hotelaria_Inteligente

O último painel da HSMAI Strategy Conference, intitulado A era da hospitalidade inteligente, abordou temas centrais para o futuro da hotelaria, como IA (Inteligência Artificial), automação e análises preditivas.

A discussão reuniu Ricardo Souza, Growth Leader da Lighthouse para México, América Latina e Caribe; Beto Sobrinho, Solution and Business Manager Farmer – Hotels and Food Service da TOTVS; Gustavo Henrique Kronemberger, consultor de hotelaria e ex-head de TI do Palácio Tangará; com moderação de Renata Carreira, diretora na Host Hotel Systems.

Abrindo a conversa, Kronemberger comentou sobre a chegada da IA ao setor no Brasil. “Já é uma realidade, com algumas empresas operando de forma mais robusta, outras ainda dando os primeiros passos e entendendo as mudanças no cenário. É um recurso que chegou para ajudar. Precisamos entender isso”, afirmou.

“Mas não se trata só de fornecer comandos. É preciso ter disponibilidade para treinar o algoritmo e obter resultados mais precisos”, complementou.

Impacto no setor

Sobrinho destacou que a integração com a IA é necessária, mas ainda enfrenta o desafio de times fragmentados. “Hoje, os hotéis têm um especialista para cada área, e isso dificulta um pouco na hora de integrar”, observou.

Segundo ele, acompanhar o movimento do mercado é fundamental, e decisões mais assertivas dependem da adoção dessas novas tecnologias. “Quando se fala em sistemas, a hotelaria vê como gasto e não como investimento. A IA mostrou que não há mais o que fazer: quem não integrar vai ficar para trás”, completou.

Souza reforçou que a IA demanda grande volume de dados para que integrações funcionem com eficiência. “Em muitas vezes, existem sistemas muito bons, mas que não conversam entre si. O mercado brasileiro tem, neste momento, diversas dificuldades neste sentido, porque as bases de dados estão descentralizadas”, explicou.

O executivo acrescentou que, nos próximos anos, o consumo de dados será tão intenso que as ferramentas indicarão com precisão estratégias de precificação. “Claro, a IA não irá substituir o humano, mas será uma grande aliada. Não se trata de substituir pessoas, mas de treiná-las para que elas, por sua vez, treinem esses recursos tecnológicos”, disse.

Ricardo Souza
“É preciso integrar estrategicamente”, disse Souza

Ao encerrar sua participação na HSMAI Strategy Conference, Souza ressaltou que o processo de adaptação ainda é desafiador. “Vemos muitas redes globais entrando nesse novo modelo, mas sem saber muito bem o que fazer. É preciso direcionar bem para tornarmos a hospitalidade verdadeiramente inteligente”, concluiu.

O painel evidenciou que a IA já deixou de ser tendência para se tornar parte estruturante da operação hoteleira. Embora desafios persistam — da fragmentação de equipes à falta de padronização de dados — o consenso entre os especialistas é claro: a tecnologia será protagonista na tomada de decisões, na eficiência e na competitividade dos empreendimentos. A hotelaria que souber alinhar estratégia, integração e qualificação humana estará mais preparada para liderar a nova era da hospitalidade inteligente.

(*) Crédito das fotos: Lucas Barbosa/Hotelier News

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