II forum nacional  da hotelariaMarques: a tecnologia vem para eliminar indisposições dos hóspedes com o hotel

Dando continuidade às palestras do II Fórum Nacional de Hotelaria, aberta esta manhã, Gabriela Otto, CEO da GO Consultoria e presidente da HSMAI Brasil mediou o painel Novos modelos de desenvolvimento de hotéis, revolução ou evolução?. Para debater o tema, foram convidados Flávia Lorenzetti, CEO da rede Selina; Patrick Mendes, CEO da Accor para América do Sul e Vinicius Marques, diretor de Estratégia da VMV Group

Gabriela iniciou a discussão apresentando a Sonder, um novo modelo de hospedagem híbrido de hotéis e Airbnb, tendência inovadora no mercado. Fundada em 2012, a empresa une o melhor dos dois mundos: o conforto, custo e comunidade oferecidos pelo app e a limpeza, consistência e segurança de uma rede hoteleira. “Já existem prédios licenciados para operarem como hotéis. Os apartamentos oferecem serviços como frigobar e amenities, tudo feito por meio de aplicativos”, conta. “Esse conceito é a disrupção na hotelaria”, complementa.

Pioneira nesse conceito de hospedagem, a Sonder já possui concorrentes no mercado como o The Guild, a Lyric e o Stay Alfred. Seguindo na linha de inovação, a mediadora questionou onde a empresa de cada participante busca trazer diferenciais aos clientes. “A Selina sempre foi voltada aos Millennials, hóspedes que não estão preocupados com grandes estruturas oferecidas pela hotelaria tradicional, mas redefinindo a viagem como um estilo de vida”, afirma Flávia. “Nos preocupamos se os hóspedes estão se conectando. Esse é o nosso principal pilar”.

O CEO da Accor, um dos grandes players do mercado hoteleiro, conta que a rede francesa vive em constante busca do desenvolvimento de produtos e customização de serviços. “Inovar na experiência do cliente, simplificar processos e adotar novas formas competitivas de distribuição nos obrigam a mudar como hoteleiros”, diz Mendes. “Operamos a partir de cinco eixos para trazer uma experiência completa em nossas 59 marcas hoteleiras”.

Marques ressalta que a tecnologia tem que agregar na experiência e facilitar a operação. “As tecnologias precisam tirar todos os estresses que o hóspede pode vir a ter durante a estadia. A experiência hoteleira não é na tecnologia e sim no tempo otimizado para ser aproveitado com o que realmente importa”, destaca. “Os fatos mais relevantes são os relacionamentos, os hóspedes não querem mais ficar trancados nos quartos”.

II forum nacional da hotelariaMarques, Flávia e Gabriela durante o painel

II Fórum Nacional da Hotelaria: interação ofline

Gabriela pontuou alguns pontos para desenvolver a interação ofline dentro de hotéis: por meio da empatia, do dar e receber e indo até os hóspedes. Segundo Marques, promover eventos, ações e iniciativas para as pessoas saírem dos quartos é uma maneira de promover essas interações. “Os hotéis precisam  ver como os hóspedes podem participar, ir até eles”, garante. “Focar em experiência, receptividade serão os diferenciais de um empreendimento”.

(*) Crédito das fotos: Nayara Matteis/Hotelier News