A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), cresceu 0,46% em maio, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A variação veio após taxa de 0,38% em abril, revela a Folha de São Paulo.

O resultado de maio ficou acima das projeções do mercado financeiro, visto que especialistas consultados pela Bloomberg esperavam inflação de 0,42%. No acumulado de 12 meses, o indicador atingiu 3,93%. Nesse recorte, o índice estava em 3,69% até a divulgação anterior.

O mês de maio foi marcado pela catástrofe das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A tragédia acendeu o alerta para a inflação, já que o estado tem tradição na produção de alimentos, e colheitas locais foram destruídas pelas águas. Além disso, as enchentes impactaram na coleta dos preços do IPCA na região metropolitana de Porto Alegre.

A alta nos preços foi puxada, sobretudo, pelo avanço no grupo de alimentação e bebidas, que subiu 0,62% na comparação com abril. Dentro do recorte, destaque para os tubérculos, raízes e legumes — principalmente a batata, que disparou 20,61% em um mês, revela o G1.

Projeções

O IPCA serve como referência para a meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central), cujo centro é de 3% em 2024. A tolerância é de 1,5% para mais ou para menos. Dessa forma, a meta será considerada oficialmente cumprida se o IPCA ficar no intervalo entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto) no acumulado do ano.

Vale lembrar que, no longo prazo, os economistas também elevaram a projeção da inflação para 2025, em 0,01%. Assim, o indicador deve fechar o próximo ano em 3,78%. Para 2026 e 2027, por sua vez, as expectativas foram mantidas, em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

(*) Crédito da foto: Pixabay