Gradualmente, o interior fluminense vê a retomada da movimentação turística, a medida que prefeituras flexibilizam medidas de controle do coronavírus. Com isso, a hotelaria eleva a capacidade e tem visto o público responder. O último feriado, por exemplo, foi de boas ocupações em algumas cidades das principais regiões turísticas do estado.

Segundo a ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro), a capacidade de funcionamento varia de 40% a 100% no estado. Embora o calendário de eventos tenha sido cancelado em muitas cidades, algumas prefeituras liberaram a realização de encontros corporativos. Neste caso, com menos público, de até 50% do total.

Com cada prefeitura tendo decisões distintas, as taxas de ocupação variam nos municípios, mesmo os localizados na mesma região. Em Búzios, na Costa do Sol e uma das últimas a flexibilizar as medidas de isolamento, a alta procura tem ocorrido mais nos fins de semanas. Atualmente, segundo a ABIH-RJ, o indicador está em torno de 80% afora dos dias de semana. Já em Cabo Frio, a procura tem sido mediana, na casa dos 50%.

Interior fluminense: mais dados

A Costa Verde foi a última flexibilizar medidas de isolamento. Mesmo assim, nos dois principais municípios indutores do turismo, a demanda tem sido positiva nos finais de semana. No momento, Angra dos Reis está com 70% da capacidade de uso dos meios de hospedagem e, Paraty, com 50%.

Em Itatiaia, na região das Agulhas Negras, a flexibilização da capacidade já está em 100%. Melhor ainda, segundo a ABIH-RJ, a ocupação tem registrado lotação máxima. No Vale do Café, meios de hospedagem podem vender de 40% a 70% do inventario, mas existe uma grande procura, diz a entidade.

Interior fluminense - flexibilização e demanda_Paulo Michel

Michel: confiança na retomada, mas sabe que, com a maioria independente, o desafio é grande

Por fim, na região Serrana, a demanda segue alta nos finais de semana, mesmo com diferentes permissões de capacidade de uso nos municípios. Em Petrópolis e Teresópolis, os hotéis podem vender até 50% e 70% do inventário, respectivamente. No Le Canton, por exemplo, a procura tem sido grande.

“Como a grande maioria dos empreendimentos no interior fluminense não é de redes, os hotéis independentes têm um desafio grande para se adaptar ao novo normal, com mudanças profundas na prestação de serviços e venda de seu produto. Estamos muito otimistas com esta retomada, e em receber nossos hóspedes com toda segurança e excelência em qualidade”, ressalta Paulo Michel, eleito este ano presidente da ABIH-RJ.

(*) Crédito da capa: Emiliano Bar/Unsplash