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Na próxima quarta-feira (11) o BC (Banco Central) reduzirá a Selic – taxa básica de juros – para 4,50%. A previsão é unânime entre os economistas ouvidos pela Reuters, porém dados indicam que esta pode ser a última queda do ciclo. Em outubro, a taxa caiu 0,5 ponto percentual – a 5% ao ano.

Mesmo com a Selic abaixo do esperado, o crescimento acelerou, sugerindo que a economia brasileira está começando a dar indícios de melhora, respondendo aos estímulos monetários e às reformas implementadas pelo governo. 

Os 30 economistas consultados afirmam que o Copom (Comitê de Política Monetária) reduzirá a taxa básica de juros 0,50 ponto percentual pela quarta reunião consecutiva apenas esta semana – como foi sugerido em outubro. Já 13 dos 26 analistas que responderam a pesquisa disseram que a inclinação para o juro em 2020 é para baixo, 10 afirmaram ser neutra e três consideram alta.

“Não vejo o Copom cortando (o juro) abaixo de 4,50%”, disse William Jackson, economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics para a Reuters. “Embora a economia esteja se recuperando, não estará crescendo rápido o suficiente para gerar pressões sustentadas nos preços, então não creio que haja motivos para aperto monetário nos próximos 12 meses”, acrescentou.

Selic: PIB

Dados do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre divulgados na semana passada devem ter peso decisivo para a inflexão. Com o avanço da economia de 0,6% no período, resultado melhor do que o esperado e o mais positivo desde o início de 2018, levou economistas a acreditarem que o crescimento para 2020 deve atingir a marca dos 2,0%.

(*) Crédito da foto: geralt/Pixabay