Hotelaria - medidas Procon-SP_Vinícius LummertzLummertz ajudou na aproximação entre as entidades e o Procon-SP

Bastante unidas e engajadas desde o aprofundamento dos efeitos do Covid-19, a hotelaria vêm tomando posições junto ao poder público em defesa do setor. Ainda no aguardo pela MP (Medida Provisória) relacionada à suspensão de contrato de trabalho, entidades vão abrindo outras frentes de atuação. A mais nova ação foi o encaminhamento formal de um documento conjunto ao Procon-SP, visando a saúde do relacionamento entre fornecedores de serviços e consumidores.

Como nas iniciativas anteriores, ABIH Nacional (Associação Brasileira de Hotéis do Estado de São Paulo); BLTA (Associação Brasileira de Turismo de Luxo); FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil); e Resorts Brasil assinam o documento. Já os entendimentos com o Procon-SP contaram com intermediação de Vinícius Lummertz, secretário estadual de Turismo de São Paulo.

“Não podemos permitir que os efeitos negativos do Covid-19 sejam ainda piores. A hotelaria paulista é madura, com prestadores de serviços de qualidade reconhecida. Todos foram afetados pela pandemia. E todos, com a compreensão dos consumidores e a ajuda do Procon-SP, irão trabalhar para que, passada esta crise inédita, todas as relações de consumo possam ocorrer dentro da normalidade”, comenta Lummertz.

Trade: busca por alinhamento

Segundo Ricardo Roman Jr., presidente da ABIH-SP, a iniciativa busca tranquilizar o mercado. Mais ainda, visa deixar claro que os setores representados não vão se eximir de responsabilidades na relação com os clientes. “A conta gerada pela crise deverá ser paga de forma consensual, sem casuísmos e artifícios unilaterais”, assegura.

Já Orlando de Souza, presidente executivo do FOHB, explica o que direcionou o entendimento com o Procon-SP. “A hotelaria tem usado todos os seus recursos para combater a pandemia e também diminuir, ao máximo, o impacto do Covid-19 na economia global. Todos os esforços estão concentrados na preservação do maior número de empregos, diretos e indiretos”, diz. “E, solidários com nossos clientes, por conta da não entrada de receitas, comprometendo totalmente o caixa dos estabelecimentos, negociamos uma solução de não penalização mútua diante do possível cancelamento de serviços”, acrescenta.

Sérgio Souza, presidente da Resorts Brasil, deu ainda mais detalhes dos termos debatidos.  "O pleito da hotelaria é para que as viagens ou hospedagens que foram canceladas ou adiadas em virtude do Covid-19, sejam remarcadas ou concedidos créditos para futuras remarcações e não canceladas. Em último caso, sobre reembolsos, seja facultada às empresas o parcelamento dos valores a serem reembolsados, após o término da pandemia”, comenta o executivo, que acrescenta:

“Este pleito tem por base duas premissas fundamentais: a interrupção de 100% do capital de giro das empresas e o reembolso de viagens e hospedagens futuras com solicitação de reembolso imediato, o que atingiria fatalmente a continuidade de sobrevivência das empresas”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Ph B/Unsplash

(**) Crédito da foto: Arquivo HN