mturOs juros para capital de giro serão reduzidos de 7% para 5% ao ano

Com o crescente impacto da pandemia de coronavírus na economia, o MTur (Ministério do Turismo) anunciou a edição de uma portaria que flexibiliza regras de empréstimos do Fungetur (Fundo Geral de Turismo). Extremamente prejudicado pela crise, o setor de Turismo busca minimizar os danos, permitindo financiamentos à micro, pequenas e médias empresas do segmento em todo o país, com menores juros e maior prazo de carência. No total, serão liberados R$ 381 milhões empréstimos.

A pasta também articula com instituições financeiras que viabilizam o crédito a aplicação de norma pela qual o pagamento das parcelas de juros das operações ainda em período de carência ocorra em um prazo de até três meses, e não apenas mensalmente. Os juros para capital de giro serão reduzidos de 7% para 5% ao ano e a carência do início de pagamento das parcelas de seis meses para um ano.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, frisa que a decisão representa mais uma iniciativa do governo federal para enfrentar adversidades do período. “O presidente Jair Bolsonaro e todo o governo estão empenhados em dar suporte ao empresariado em geral. O nosso objetivo é permitir que serviços turísticos atravessem esse momento delicado e, superado o problema, o turismo possa continuar contribuindo fortemente para a economia nacional e a geração de emprego e renda no país”, explica.

Os financiamentos do Fungetur, que possuem um limite de R$ 10 milhões, são concedidos por 17 instituições financeiras credenciadas. Os empréstimos, com taxas diferenciadas, podem ser acessados por empreendimentos privados de toda a cadeia produtiva do turismo para, além de capital de giro, implantar, ampliar, modernizar ou reformar atrativos, além de adquirir máquinas e equipamentos.

MTur: impactos no setor

Entidades do turismo já dialogam com o MTur buscando medidas para frearem os danos causados pela covid-19. Ontem (18), o presidente Jair Bolsonaro anunciou iniciativas econômicas do governo federal consideradas insuficientes pelo trade. ABIH, FOHB, FBHA, BLTA, Sindepat, Adibra e Unedestinos se uniram para solicitar o auxílio e, em carta, consideram o segmento em estado de emergência.

Em São Paulo, companhias aéreas pediram ajuda ao governo como realinhamento de prazos para aberturas de novas frequências nos aeroportos do estado, zerar tarifas de terminais do interior e reduzir ainda mais o ICMS.

(*) Crédito da foto: Arquivo/MTur