Começou há pouco, em São Paulo, o Seminário Investe Turismo – Segurança Jurídica Gera Empregos. Promovido pelo MTur (Ministério do Turismo), o encontro tem como objetivo debater o ambiente de negócios na cadeia produtiva do turismo. Vinicius Lummertz, ministro do Turismo, participou da abertura, ao lado de Alexandre Sampaio, presidente da FBHA (Federação Brasileira Hospedagem e Alimentação), que apoia o seminário, realizado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Em sua fala, Lummertz destacou a necessidade de mudança para que o Brasil desempenhe todo seu potencial turístico. “Nós queremos outro Brasil e precisamos organizá-lo de forma diferente. Da maneira que está não nos traz os resultados que queremos. Temos que montá-lo de outra maneira”, destacou.

Ao longo de sua fala, o ministro ressaltou alguns números do turismo brasileiro e mundial. Segundo ele, 1,3 bilhão de pessoas viajam anualmente, “número que só cresce”, destacou Lummertz. “O setor responde por 10,4% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial. Além disso, segundo 20% dos empregos gerados globalmente foram criados de forma direta ou induzida pelo turismo”, comentou.

Vinicius Lummertz: caminhos possíveis

A respeito do potencial brasileiro, Lummertz apontou alguns caminhos possíveis. “Segmento de cassinos e resorts pode injetar R$ 50 bilhões na economia. Esse é só um exemplo, temos muitas possibilidades para crescer, de parques temáticos a marinas”, disse. “Nosso mercado doméstico tem 60 milhões de viajantes e podemos incluir mais 40 milhões. Somos grande, mas pequenos para o nosso potencial. Ainda assim, estamos crescendo e estamos acumulando expansão acima da economia como um todo nos últimos anos”, completou.

Vinicius Lummertz - ministro do turismoLummertz: uma agenda de modernização se faz necessária

Para fecha seu discurso, Lummertz destacou o que é necessária para colocar o Brasil na rota do desenvolvimento da indústria do turismo. “É preciso implementar uma agenda de modernização, com mais segurança jurídica para o investidor, sendo ainda mais amigável para os empreendedores. Enfim, que consigamos implementar as soluções necessárias para o Brasil baseados, principalmente, em racionalidade”, afirmou.

Sampaio seguiu uma linha de raciocínio parecida com a do ministro. Para exemplificar, falou sobre um grupo internacional que aguarda há nove anos o licenciamento ambiental para construir um resort em Maricá (RJ). “Entendemos que, hoje, o empresariado está fazendo mais contas de chegadas e de custo do que qualquer outra coisa. Queremos mudar isso, criando um ambiente de facilitação para que os negócios prosperem”, finalizou.

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News