Capitais como São Paulo e Belo Horizonte tem ganhado espaço no Carnaval e consolidado ainda mais o destino

A ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) registrou altos índices de ocupação no Carnaval. Cidades como Belo Horizonte e São Paulo surpreenderam, com a última batendo recorde histórico para o período. Além das duas capitais, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda e Fortaleza tiveram hotéis lotados durante as festividades. 

Manoel Linhares, presidente da ABIH, acredita que, entre os fatores que impulsionaram os resultados, a facilidade de visto para os estrangeiros por conta do e-Visa é um dos principais. "Antes, os turistas pagavam mais caro e o visto demorava mais tempo. Agora, está por um preço mais acessível e fica pronto em 72 horas”, avalia o dirigente. “O visto eletrônico ajudou a trazer mais estrangeiros, como americanos, canadenses, australianos e japoneses para conhecerem o Carnaval. Nosso próximo passo é atrair os chineses”, completa.

Carnaval: região Sudeste

Tradicionalmente o destino mais procurado no Carnaval, o Rio de Janeiro registrou média de 86% de ocupação. Além disso, foi anfitrião de aproximadamente 400 mil estrangeiros. Bairros como Flamengo e Botafogo foram líderes de quartos ocupados, alcançando um percentual de 96%.

Na capital paulista, a ocupação média mais uma vez aumentou em relação ao ano anterior, dessa vez com recorde histórico de 45%. Também se consolidando como destino para o Carnaval, Belo Horizonte teve 52% dos quartos ocupados, crescimento de 15 pontos percentuais frente ao ano passado. Já no Espírito Santo, Vitória e as montanhas capixabas registraram 95% de ocupação, enquanto Guarapari e restante do litoral chegaram a 85%. 

Carnaval: região Nordeste

Muitas capitais nordestinas já são sinônimas de Carnaval, casos de Salvador, Recife e Olinda. Em 2018, segundo a ABIH, todas elas superaram as previsões iniciais de 90% de ocupação, alcançando 98,6%, 97% e 95%, respectivamente. Já Fortaleza, atingiu a marca 86,2%, oito pontos percentuais acima do ano passado.
  
Pernambuco registrou ocupação igualitária entre as cidades de Olinda, Porto de Galinhas e Fernando de Noronha, com 95%. Já Natal fechou o período com 92% da sua oferta hoteleira ocupada.

E o Airbnb?

O presidente da ABIH deixa claro que não é contra as facilidades que a tecnologia pode oferecer aos hóspedes. Ele ressalta, entretanto, que se trata de uma competição desigual e considera importante a plataforma recolher taxas e impostos similares às pagas pelos hotéis.

Outro fator que Linhares traz a tona é a segurança. "Quando um hóspede entra em um hotel, há todo um processo para protegê-lo, coisa que a Airbnb não proporciona da mesma forma. Todo destino consolidado tem necessidade de segurança", avalia.

(*) Foto de Capa: Pixabay/Couleur