hotéis

A Copa do Mundo da Rússia foi um divisor de águas para a hotelaria no Brasil. Pelo menos é nisso que acredita a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) Nacional. De acordo com a organização, o mundial de futebol impactou diretamente nos meios de hospedagem do país, que notaram retração no começo do mês e recuperação na segunda quinzena, com o final da competição. Segundo Manoel Linhares, presidente da entidade, o evento sempre ifluencia no desempenho hoteleiro, seja lá onde for realizado.

"Invariavelmente, a Copa do Mundo ocasiona queda na taxa de ocupação. Mas já vimos recuperação na segunda quinzena", argumenta o presidente. De acordo com o dirigente, o levantamento das frações estaduais da associação são a evidência de que a variação positiva do final do mês contribuiu para os hotéis. Algumas regiões, inclusive superaram o período idêntico em 2017.

Números estaduais da ABIH

O primeiro exemplo citado pela ABIH é o Rio de Janeiro. "Os finais de semana de julho no interior, a exemplo da Região Serrana, vêm registrando uma taxa média de ocupação de 88 a 90%. Na capital, a expectativa é fechar o mês com 60% de ocupação, contra os 56,85% registrados no ano passado", diz.

Em São Paulo, julho apresentou crescimento de ocupação no litoral e no interior. De 4% a 7% em relação a 2017. A capital paulista experimentou crescimento de 1% de ocupação durante o período.

No Ceará, Forteleza foi o destaque. O destino registrou média de 83%, muito devido ao Carnaval fora de época, o Fortal. Em Salvador, na Bahia, o mês deve ser fechado com 60% de quartos preenchidos. 

Em Pernambuco, a primeira quinzena do mês confirmou a retração causada pelos jogos da Copa. Em Recife, julho alcançou 60%. Em 2017, essa taxa foi de 65%. Com essa retração pontual, Porto de Galinhas também viu sua taxa de ocupação cair para 80% esse ano, sete pontos percentuais abaixo de julho de 2017.

(*) Crédito da foto: JanClaus/Pixabay