Adit Invest - multipropriedadePainelistas discutem a conexão entre multipropriedades e cadeias hoteleiras

Em continuidade na programação da 14ª edição do Adit Invest, promovido pela Adit Brasil, Armando Ramirez, diretor de Negócios e Desenvolvimento da Wyndham Hotels & Resorts; Francisco Costa Neto, CEO da Aviva Algar; Gustavo Rezende, diretor executivo do GR Group, e Diogo Canteras, sócio-diretor do HotelInvest, participaram do painel Boas práticas para a multipropriedade: índices e indícios de uma boa administração hoteleira.

Mediado por Canteras, os painelistas debateram a conexão entre redes hoteleiras como a Wyndham com o sistema de multipropriedade. Mundialmente conhecida por sua operação com o sistema de franquias, o grupo americano passou recentemente a gerir empreendimentos que funcionam nesse modelo. “Multipropriedades são produtos em evolução e a tendência é isso ir melhorando cada vez mais. O Brasil tem potencial enorme e, aos poucos, o modelo deve adotar uma visão mais hoteleira. Isso será o processo natural das coisas”, avalia Ramirez.

Neto ressaltou a importância do setor estar em constante renovação e pontuou que negociar multipropriedade é, antes de tudo, vender lazer e experiência. “Os parques são apenas uma parte da equação da Aviva. A proposta de investimento nunca acaba, você precisa ter um diferencial. É preciso apostar em experiências para manter o público que já conhece sempre em seu empreendimento”, explica.

Já Rezende comenta a importância de saber qual a porcentagem de um empreendimento deve ser comercializado sem perder seu potencial hoteleiro na operação. “Estamos constantemente discutindo isso na GR. A grande maioria das multipropriedades foram vendidas de forma inadequada. Os últimos dois anos de nossas vendas foram focados em lazer e experiências e isso é necessário para se ter o controle do que o complexo está se tornando”, acredita. 

Adit Invest - multipropriedade_internaNeto enfatizou a importância dos empreendimentos se renovarem

Adit Invest: o mercado

Segundo Ramirez, o mercado brasileiro vem se aprimorando no segmento e, mesmo vendendo multipropriedade como lazer, os clientes esperam algo sempre em troca. “Apesar do produto ser o lazer e a experiência, os clientes esperam algum retorno. Por isso, um dos principais pontos na hora de abrir as portas de um novo empreendimento é sempre a localização. É necessário pensar um destino que esteja pronto para receber os turistas e que este seja por si só um diferencial para eles voltarem”, ressalta. 

Rezende também destaca a importância em fazer boas parcerias no mercado para poder fazer um negócio de multipropriedade dar certo. “Gastávamos muita energia em operação hoteleira, mais até do que em estratégias e novos negócios. Pavimentamos nosso caminho por cinco anos e estabelecemos parcerias com empresas que falam a mesma língua e que, agora, fazem sentido. Dessa forma, melhorou muito a qualidade da entrega para os clientes”, finalizou. 

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News