adit shareSamezina acredita que o Brasil passa por novo ciclo do modelo de multipropriedade

Na sequência do Adit Share, aberto ontem (6), a programação focou em temas bastante atuais. Primeiro, Kardec Borges, gerente de Novos Negócios da Unyt Arquitetura, deu um olhar sobre experiências de hospitalidade. A seguir, Danilo Samezima, diretor de Estratégias e Novos Negócios da WAM, falou sobre conversão de empreendimentos hoteleiros para multipropriedades.

“Experiência é a palavra do momento”, disse Borges ao abrir sua palestra. O gerente exemplificou como os diferenciais para os hóspedes podem começar no lobby. “A geração do milênio vive de experiência e não precisam ser atividades elaboradas. A decoração e disposição dos espaços já podem fornecer experiências. Por exemplo, no Hard Rock em Fortaleza a decoração foi pensada em temas. Não só para trazer a música ao local, como é de praxe da marca, mas inserir também o destino dentro do hotel”, afirmou. 

Por ser um local de kitesurfing, o hotel contará com um terraço que proporciona vista para a praia e para os praticantes do esporte. Já o restaurante dará uma sensação de submerso, trazendo estruturas que se assemelham à corais coloridos.

“Pense alguém que vem para um evento em seu hotel. Chega, vai para uma sala escura para o evento e volta para casa sem sentir o destino. Usando de temáticas você traz a experiência para dentro do seu empreendimento e faz com que o cliente queira voltar para outro evento ali”, disse Borges.   

Adit Share: conversão para multipropriedade

Em sua apresentação, Samezina falou sobre o que se deve saber ao converter um hotel em operação para um sistema de multipropriedade. Segundo ele, há uma tendência no Brasil para esse tipo de empreendimento, principalmente em resorts. “É um novo ciclo do turismo compartilhado no Brasil. Uma boa alternativa para aproveitar os estoques dos hotéis e das liquidez”, disse o diretor da WAM. 

Segundo Samezina, quatro itens devem ser levados em consideração. O primeiro é o jurídico, o empreendimento poderá operar como multipropriedade se sofrer uma nova incorporação, individualizando os apartamentos. Ou então, caso as habitações já estejam de acordo, deve haver uma alteração no condomínio pela Lei 13777/18. 

Em segundo lugar, atente-se às alienações e dívidas. “Cheque não só a matrícula do imóvel como também o CNPJ do hotel e o do condomínio”, alertou o diretor. O terceiro item é como o negócio irá passar se estruturar, se por meio de Aquisição, Permuta ou Consorciados.

Por fim, o diretor chamou a atenção para a estrutura comercial. “Uma conversão só dará certo se a administradora hoteleira estiver 100% alinhada aos anseios da multipropriedade. Além disso, o produto deve ser desenhado no perfil do hóspede e ao serviço que pretende oferecer”, finalizou. 

(*) Crédito das fotos: Juliana Stern / Hotelier News