Airbnb - acão coletiva IsraelVista aérea de Jerusalém, onde foi protocolada a ação

Advogados entraram, ontem (22), com uma ação coletiva em Israel contra o Airbnb. A acusação fala de “discriminação ultrajante” e exige indenizações após a retirada de anúncios de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada. As informações são da agência de notícias Reuters.

A companhia informou, nesta semana, que estava removendo anúncios de cerca de 200 moradias em assentamentos. A medida foi tomada após críticas de pessoas que “acreditam que empresas não deveriam lucrar com terras em que pessoas foram deslocadas”.

Por meio de seus advogados, Ma’anit Rabinovich, do assentamento de Kida, afirmou que a medida “representa discriminação especialmente grave, ofensiva e ultrajante”. Localizado na Cisjordânia, o local oferece locação de quartos para hóspedes. Rabinovich reivindica 15 mil shekels israelenses (US$ 2.573) em danos pessoais.

O caso é apenas um dentro da ação coletiva. Esta, por sua vez, busca uma soma ainda não especificada em nome de outros na mesma situação. A reportagem da Reuters cita como fonte documentos judiciais apresentados na Corte Distrital de Jerusalém.

“A decisão da companhia é, na verdade, dirigida unicamente contra cidadãos israelenses vivendo em assentamentos”, afirma o suplicante. “E isso é discriminação grave e especialmente ultrajante”, disseram os advogados de Rabinovich, em comunicado. “É parte da longa guerra conduzida por organização (nas quais uma clara maioria é antisemita) contra o Estado de Israel em sua totalidade, e contra israelenses vivendo em assentimentos em particular”, continua.

Airbnb: outro lado

Palestinos que querem estabelecer um Estado independente na Cisjordânia saudaram a medida do Airbnb. A maioria das grandes potências mundiais olham a construção de assentamentos por Israel em terras palestinas ocupadas como uma violação da lei internacional, enquanto palestinos dizem que é errado companhias lucrarem com isso.

“O Airbnb tomou uma decisão na direção certa de interromper operações com assentamentos israelenses, consistente com a legitimidade internacional”, disse Wasel Abu Youssef, autoridade sênior da Organização de Libertação da Palestina. Um porta-voz do Airbnb se recusou a comentar sobre a ação coletiva.

Em abril, o Airbnb já enfrentara dificuldades no mercado japonês. Na ocasião, o governo local aprovou o “minpaku”, ou lei de hospedagem temporária privativa. Trata-se do primeiro marco legal de um país asiático para aluguel de residências.

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(*) Crédito da foto: reijotelaranta/Pixabay