Alagev - pesquisa setorialCezar, Mariana e Murad: setor crescerá mais forte em 2019

Em coletiva realizada hoje (26), durante a Lacte14, a Alagev (Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas) apresentou números preliminares de 2018. Até novembro, o setor movimentou R$ 62,8 bilhões, montante 0,4% superior ao acumulado de todo 2017. Os dados integram a PCVC (Pesquisa Conjuntural Viagens Corporativas), novo estudo setorial da entidade, que inclui números dos diferentes segmentos que compõem o mercado de viagens corporativas.

“O ano passado foi instável, com episódios que geraram incertezas no mercado, como as eleições, Copa do Mundo e a greve dos caminhoneiros. Observamos muitas vendas fechadas de última hora até a eleição, por exemplo, com orçamentos mais enxutos. Depois, com a vitória de Bolsonaro definida, houve uma ligeira retomada”, explicou Eduardo Murad, diretor executivo da Alagev.

Para 2019, a projeção é que o setor atinja a barreira de R$ 70 bilhões. Caso o cenário se confirme, representaria crescimento de 4,2% frente a 2018. “Pelo que percebemos, não há ainda uma retomada consolidada, mas há mais confiança por parte das empresas. A tendência é que a recuperação no segmento de viagens corporativas se acentue, a não ser que um episódio como a greve dos caminhoneiros se repita”, comentou Rodrigo Cezar, presidente da Alagev.

Alagev: pesquisa setorial

Doutora pela USP (Universidade de São Paulo) e presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui prestou consultoria para a Alagev na produção do estudo. O levantamento faz uso de cruza dados de diferentes pesquisas do IBGE e ainda tem informações de associados da entidade. Segundo a profissional, a ideia é – já em 2019 – fazer divulgações trimestrais da PCVC. 

“Embora a pesquisa use dados dos diferentes segmentos que compõem o mercado de viagens corporativas, não temos nessa primeira edição a movimentação financeira de cada um deles separadamente”, explicou Mariana. “Mesmo assim, pode-se dizer que o transporte aéreo responde por 50% do mercado, seguido pela hospedagem, com 30%. Os demais segmentos dividem a fatia restante”, complementa.

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News