Alberto Cestrone está em seu primeiro mandato na presidência da ABR

Empossado no final do ano passado como presidente da ABR (Associação Brasileira de Resorts) para o biênio 2018-2020, Alberto Cestrone, está muito engajado nas ações que visam, principalmente, a divulgação da entidade que representa os grandes empreendimentos da hotelaria nacional. O Hotelier News conversou com o executivo na sede da ABR, em São Paulo, e traz agora as diretizes traçadas para a nova gestão. Entre os objetivos estão a promoção de uma série de workshops intinerantes, a criação do comitê MICE, do investimento em tecnologia e o reforço institucional em Brasília. 

Diretrizes

Veja abaixo, em detalhes, alguns dos planos traçados por Cestrone para o seu mandato:

Workshops

Rotineiros há vários anos, os workshops para agentes de viagem realizados pela ABR em todo o País ganham um novo formato na nova gestão. Cestrone, que trouxe de volta Ricardo Domingues como diretor executivo da associação, diz que o objetivo é aprimorar a divulgação dos associados. "Por isso, decidimos realizar os workshops dentro dos próprios resorts. Desta forma, os agentes de viagens já estarão in loco e a capacitação naquele empreendimento será mais efetiva", avalia. 

Segundo Cestrone, serão sete workshops em 2018, todos realizados em um resort diferente e que represente uma das cinco regiões. "Ainda não temos definidos quais serão os empreendimentos, pois faltam dois para fecharmos esta série", antecipa. Bem frequentados, cada um um dos encontros deve reunir de 200 a 250 profissionais do turismo. 

Um ponto importanto frisado por Alberto é o fato de que os resorts escolhidos não fazem parte dos empreendimentos ligados à diretoria da ABR. "Vislumbramos que, desta forma, deixamos claro que a diretoria atua em prol da associação e não deles próprios. Nossos associados são prioridade", enfatiza.

Um novo formato para os eventos também será implementado a partir da primeira edição, que acontece na segunda quinzena de abril. "As ações começam com a exposição dos associados, depois ocorre a confraternização com os agentes, seguida de uma palestra de conteúdo. O encerramento será marcado por um jantar", detalha Cestrone.

Segmento MICE 

Apostando no reaquecimento do segmento MICE (Meetings, Incentives, Congress & Exibihitions) a partir de 2018, a ABR quer auxiliar seus associados a estarem mais preparados para receber eventos em seus empreendimentos. "A criação do comitê tem a finalidade de incorporar no plano de ações da ABR a valorização do segmento. Ele é primordial para a obtenção dos resultados ao longo do ano. Estamos apostando no reaquecimento desse mercado e os resorts são empreendimentos especializados para sediar eventos de qualquer porte. Nosso portfólio tem uma variedade incrível", diz o presidente da ABR.

Tecnologia

Antenados com o impacto positivo da tecnologia na hospedagem e na operação dos resorts, a ABR, em parceria com o Senac-SP, fez uma pesquisa com os associados para aglutinar a demanda de cada empreendimento. Os resultados ainda não foram compilados, mas é a partir dele que a entidade iniciará o desenvolvimento de ferramentas. "Temos que estar inseridos nos avanços para poder, ao mesmo tempo, otimizar a operação e oferecer aos nossos clientes conforto e segurança. Um das tecnologias que estamos trabalhando é a forma dos pais monitorarem os seus filhos enquanto estão em atividades superviosionadas pelos monitores de recreação", revela.

Institucional

"Queremos criar nossas próprias leis e decretos." Foi assim que Cestrone entrou no assunto sobre as ações institucionais que são realizadas em Brasília. "Precisamos nos unir para poder auxiliar a bancada de executivos em Brasília na criação de leis que estejam de acordo com nossa operação. Estamos trabalhando para tentar equalizar a questão que nos obriga a ter 10% dos apartamentos voltados para deficientes físicos. É inviável para um empreendimento de 500 quartos, por exemplo, ser obrigado a ter 50 habitações exclusivas para esse público, quando o índice de ocupação do segmento não chega a 1%", diz Cestrone.

Segundo o presidente da ABR, outro projeto tramita na Câmara e preocupa o setor. "Agora, querem implementar uma lei que obriga os empreendimentos a terem um salva-vidas a cada 300 metros quadrados de espelho d'água. De onde vem essa estatística? Então, um resort que tem um complexo aquático de 2 mil metros quadrados vai ter que ter sete salva-vidas? Isso precisa ser revisto e estamos dispostos a ajudar nesse caso e em outros que venham. Vamos intensificar nossa atuação em Brasília sempre em busca do aprimoramento, mas que o bom senso seja praticado", finaliza.

* Crédito da foto: divulgação/ABR