BC ConventionSegundo estudo, 79,9% dos colaboradores estão de férias

Ontem (1) o governo anunciou medidas emergenciais para manutenção de empregos e no cenário internacional e algumas empresas como IHG e Hilton lançam programas de suporte aos funcionários. Para analisar o impacto do coronavírus no setor turístico, o BC Convention (Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau) realizou uma pesquisa com associados.

A pesquisa foi realizada entre 24 e 26 de março, e apontou que 79,9% dos colaboradores entraram em férias, 10,6% continuaram trabalhando e apenas 9,5% dos colaboradores quando foi decretado pelo governo a necessidade de isolamento social.

Quanto às futuras demissões, Margot Rosenbrock Libório, presidente do BC Convention, analisa que mesmo com  90% do setor turístico com atividades pausadas, há resistência por parte dos empresário e demitir sua equipe: “Há esperança que o trabalho se restabeleça e que as equipes voltem a atuar. Vemos que as medidas governamentais para ajuda às empresas do setor são tímidas e lentas. Este panorama pode afetar a decisão das empresas que ainda estão analisando o cenário e, pela falta de apoio rápido e contundente as novas demissões, poderão acontecer em maior número do que pensado em um primeiro momento”.

BC Convention: o impacto do coronavírus

O dados mostram que  52,9% já anunciaram que terão de recorrer à esta medida, mas 22,6% ainda analisa o momento, buscando alternativas e  24,5% já afirmou que manterá o emprego de suas equipes. No setor alimentício, a realidade é outra, uma vez que 53% das empresas ainda consegue manter as atividades operando através de delivery. 

Cristiane Dahlem, gerente geral do Hotel Itália, entende a fase como inédita ao setor: “Os danos econômicos virão na mesma proporção do vírus. O setor de Turismo e Eventos irá amargar um pouco mais a retomada, pois a população em geral está comprometida e entendeu o comportamento mais retraído que o vírus exige. Neste primeiro momento, estamos tentando priorizar e preservar o emprego de nossos colaboradores com a convicção de que vivemos um período de guerra, e que todos precisamos ajudar de alguma forma. Devemos entender o conceito de humanidade. Para isso, estamos analisando as medidas econômicas já pensadas e oferecidas ao nosso setor”.

Rafael Scalco, proprietário da Kombina Felice, está preocupado também com os funcionários, entendendo que muitas famílias estão atreladas às equipes: “Essa é uma crise que pegou a todos de surpresa, poucos dias antes ninguém poderia imaginar ter que fechar todos os comércios não essenciais. Ela está causando um grande impacto econômico em todo o setor, pois a maioria das empresas tem caixa para passar no máximo um mês sem faturamento. Neste primeiro momento o impacto foi minimizado com a possibilidade das férias coletivas, porém se a quarentena persistir haverá demissões em massa, pois não será possível manter os empregos sem faturamento”.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Sectur-BC