BC - queda previsão do PIBImpacto na indústria de viagens é gigante: ações da CVC caem 71% no ano 

De alta de 2,2% prevista em dezembro para zero hoje (26). É este o estrago provocado pelo coronavírus na economia brasileira, pelo menos até agora, aponta estimativa do BC (Banco Central). Em comunicado divulgado hoje, a instituição financeira diz que estabilidade agora vista está associada a impactos econômicos "expressivos" decorrentes da pandemia, informou a Reuters.

O BC também ponderou que, mesmo antes do surto do Covid-19 derrubar os mercados e afetar a perspectiva de crescimento global, os mais recentes dados econômicos brasileiros frustraram as expectativas. "Resultados abaixo do esperado em indicadores econômicos no final de 2019 e início de 2020 afetaram a expectativa de desempenho da atividade no primeiro trimestre", disse o BC.

Hoje, empresas ligadas ao turismo com ações listadas na Bovespa tiveram um alívio, após massivas perdas desde a semana passada. Os papéis da CVC Corp, por exemplo, subiram 34,97% na sessão de hoje. No entanto, acumulam queda de 71% em 2020.

BC e sua avaliação da crise

Agora, o BC vê forte tombo do PIB no segundo trimestre, seguido de "retorno relevante" nos últimos dois trimestres. A instituição essalvou que há grau de incerteza elevado na realização de projeções em ambiente de crise. Disse ainda que a magnitude dos impactos da pandemia estará associada à gravidade e à extensão do período do surto, bem como às medidas públicas adotadas nas diversas áreas.

A nova expectativa da autoridade monetária ficou mais otimista do que a divulgada, na semana passada, por vários bancos. Muitos agentes de mercado já têm projetado o PIB em terreno negativo. Enquanto Bank of America e JP Morgan calculam retração de 0,5% e 1% em 2020, respectivamente, o Itaú vê uma queda de 0,3% da atividade brasileira.

(*) Crédito da foto: Skitterphoto/Pixabay