Luciano von Bloedau
(fotos: Thais Medina)

 

Formado em Comércio exterior pelas Faculdades Associadas de São Paulo (Fasp), o representante comercial do Beach Park, localizado em Aquiraz (CE), para São Paulo, Luciano von Bloedau, conversou com o Hôtelier News e contou sobre a história do empreendimento no Ceará, novos investimentos do grupo, a Casa Beach Park na capital paulist e projetos futuros.

 

O paulista de 46 anos começou sua carreira na hotelaria em 1999, quando entrou para a equipe do InterContinental Hotels Group. Sempre atuando no departamento comercial, Bloedau acumula experiência com passagens pelas redes Estanplaza, Sol Meliá, Fiesta Bahia e Ouro Minas. Antes de ingressar neste mercado, o executivo já foi funcionário público, atuando na Secretaria de Planejamento de São Paulo, depois passou pela aviação, na Transbrasil, Lufthansa e, por último, mas não menos importante, na Tam.


Por Gabriel Guirão
 
Hôtelier News: Quais são os investimentos previstos para o Beach Park nos próximos anos?
Luciano von Bloedau: Em maio de 2008 vamos inaugurar um novo hotel dentro do nosso complexo: o Acqua Resort. O empreendimento contará com 200 UHs e, assim como o Beach Park Suítes Resort, terá acesso livre ao parque aquático. Contudo, os hóspedes poderão usufruir das facilidades das duas unidades independente de para onde tiverem realizado reservas.

Já para 2009 nossa novidade será um centro de convenções que abrigará 3 mil pessoas, dividido em entre 12 e 15 salas.

 

HN: O maior público do hotel é voltado ao lazer?

Bloedau: Sim, mas queremos atingir mais o público corporativo. Nosso maior objetivo com as novas propriedades é exatamente agregar valores para este mercado. 

O complexo já conta com quatro salas que comportam 450 pessoas, mas somos vistos, por enquanto, como um complexo voltado somente para o lazer.

Com a chegada do novo centro de convenções conseguiremos nos reposicionar no mercado já que passaremos a oferecer o maior espaço deste segmento em Fortaleza.

 

 

HN: Quais as principais nacionalidades dos hóspedes do resort?

Bloedau: Os turistas mais presentes são brasileiros, com destaque para os paulistas que representam aproximadamente 50% das vendas do Beach Park.

Noventa porcento do nosso público é do Brasil e 10% é representado por italianos, alemães e argentinos.

A presença de turistas internacionais foi afetada com a parada das operações da Air Madrid, que antes tinha vôos entre o Ceará e os paises europeus, sem contar o caos aéreo pelo qual passamos. Aliás, todo mercado hoteleiro sofreu.

 

HN: Que manobras o empreendimento está preparando para reverter este quadro em relação ao mercado internacional?

Bloedau: Estamos realizando estudos para que em 2008 consigamos participar de feiras no exterior. Durante o primeiro semestre atingiremos a Europa. Já no segundo será a vez da América.

 


 

HN: Quais as marcas deixadas pela crise aérea, desde o acidente da Gol em 2006, para o resort?

Bloedau: Fomos muito prejudicados, mas mesmo com a queda no número de visitantes conseguimos aumentar nossa receita. Para que isso acontecesse incrementamos a diária média, porém incluímos o acesso ao parque na tarifa. Tendo em vista que somente o bilhete para o parque custa R$ 80 e nossa diária subiu de R$ 300 para R$ 315, a diferença não foi agressiva para o bolso dos hóspedes.

Outra alternativa que buscamos foi incentivar o turismo rodoviário. Somente no mês de julho o Nordeste perdeu 25% do mercado aéreo, mas dentro desta diminuição conseguimos reverter cerca de 50% dos turistas com ações intensas para o turismo via estradas.

 

HN: Como você enxerga a relação cruzeiros versus hotelaria?

Bloedau: Os cruzeiros impactam nas vendas dos hotéis, mas não prejudicam. Muitas pessoas entendem como uma guerra, mas vejo como uma novidade que será potência durante dois ou três anos. Com a baixa do dólar, é claro que as pessoas vão buscar novos atrativos.

Uma saída para este quadro seria uma parceria entre as redes hoteleiras e os navios, podendo misturar diárias entre os segmentos. A união destes mercados fortaleceria o turismo e todos sairiam beneficiados.

 

HN: Como surgiu a idéia de implantar a Casa Beach Park?

Bloedau: Tínhamos um escritório em São Paulo, já que o destino é o maior pólo emissor de turistas, mas mesmo assim ele não supria nossas necessidades. Queríamos ficar mais próximos dos agentes de viagens e a localização da casa nos permite isso.

No estabelecimento nós podemos preparar os profissionais para que possam vender o complexo apresentando mais conteúdo para seus clientes.

 

Casa Beach Park, em São Paulo

 

HN: Qual é o objetivo da Casa Beach Park?

Bloedau: Nosso maior objetivo é encantar o agente, promovendo uma capacitação dos detalhes do resort. Durante uma hora e meia conversamos com eles sobre os serviços oferecidos. Logo após mostramos um vídeo do complexo, seguido de perguntas e respostas para sanar as dúvidas dos interessados.

Recebemos cerca de 35 agentes por capacitação, o que não acontecia na época do escritório. Nosso atual espaço nos permite tais ações.

 

HN: Quantos agentes já foram capacitados?

Bloedau: Cento e oitenta, mas queremos aumentar significativamente este número no ano que vem. Até o final de 2007 prevemos que 300 profissionais terão sido capacitados. Já para 2008 queremos que este número fique entre 800 e 900.
 

Instalações da Casa Beach Park

 

HN: Quais são principais mercados nos quais há investimento de capacitação?

Bloedau: A capital paulista é o principal, mas realizamos ações também em cidades do interior de São Paulo, como Campinas e Jundiaí, e o retorno das vendas foi acima de 100%, resultado bastante acima do que esperávamos.
 

Outros ambientes da casa

 

Ao término da entrevista a equipe do Hôtelier News foi convidada para conhecer melhor o espaço e assistir ao vídeo apresentado aos agentes. A casa é bastante alegre e consegue transmitir o clima aconchegante do Ceará. No vídeo parece que uma câmera foi instalada na asa de um pássaro que sobrevoa toda a extensão do empreendimento e termina com a descida do toboágua mais famoso do parque, o insano.

Além do clima envolvente das imagens e música, o filme termina com um jato de água nos espectadores fazendo alusão à chegada na piscina.


Serviço
www.beachpark.com.br