BNDES - programa emergencialEmpréstimos garantidos no PEAC vão de R$ 5 mil a 10 milhões por empresa

Hoje (16), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) credenciou 22 instituições financeiras para atuarem em conjunto ao PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito), instituído pelo governo federal. A iniciativa visa auxiliar pequenas e médias empresas com financiamentos para sobreviver à pandemia. As informações são da Reuters.

Entre os bancos estão instituições de desenvolvimento estadual, como Desenvolve SP, BDMG e Desenbahia, além de bancos privados como Bradesco, Itaú Unibanco, BTG Pactual e Santander.

De acordo com o Sebrae, a maioria das empresas solicitantes de pequeno porte estão tendo acesso ao crédito negado. Em pesquisa realizada em abril, cerca de três milhões de empreendimentos já haviam demitido nove milhões de colaboradores. Em maio, apenas 10% do aporte tinha sido liberado para PMEs.

BNDES: mais números

Com garantias de 80% nos empréstimos e financiamentos no âmbito do FGI (Fundo Garantidor para Investimentos), o PEAC foi viabilizado via medida provisória em junho. Segundo pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as medidas de isolamento social geraram fechamento de 522,7 mil empresas no país, cerca de 39% do total de encerramentos registrados na primeira quinzena de junho.

Os empréstimos garantidos no âmbito do PEAC vão de R$ 5 mil a 10 milhões por empresa, em cada agente financeiro. As instituições podem usar a garantia do programa para os empréstimos indiretos do BNDES ou os créditos utilizando seus próprios fundos, informou o banco de fomento.

O FGI já tem disponíveis R$ 5 bilhões do Tesouro Nacional para uso do programa, que podem alavancar até R$ 25 bilhões em novos créditos, afirmou o BNDES. A taxa de juros para os empréstimos contratados com garantia será negociada entre a empresa e o agente financeiro. Segundo o BNDES, a taxa média praticada por cada agente financeiro em sua carteira não poderá exceder 1,2% ao mês, sob pena de redução da cobertura do programa.

(*) Crédito da foto: Sergio Moraes/Reuters