Atrio HoteisPaulo Mélega, Roberto Caputo e Cesar Nunes foram os anfitriões da noite

Fundada em 1988, a Atrio Hotel Management vive uma temporada representativa e não é só por em virtude do 30º aniversário. A companhia alcançou o maior inventário de propriedades administrada desde sua criação, tem expectativas de dobrar o faturamento anual e vem atingindo rendimentos consistentes. Celebrando a conjuntura favorável, a rede uniu investidores e executivos parceiros num coquetel realizado hoje (27) em São Paulo.

Na ocasião, anfitriões e convidados brindaram em nome do passado e do futuro da organização, que colocou em andamento seu projeto de internacionalização. "Não somos mais um rio e sim um oceano", discursou Paulo Mélega, diretor de Operações da empresa metaforizando o movimento de crescimento vivido.

O status de oceano, segundo a visão de Mélega, veio com as recentes movimentações da corporação. Em fevereiro, 16 estabelecimentos da doispontozero foram incorporados à oferta e, ao longo do ano, outros três projetos em desenvolvimento viraram realidade. O mais recente foi o Novotel Curitiba Batel, unidade de número 53 na lista de propriedades. 

Ainda em 2018 estão previstas mais duas aberturas, ambas da marca ibis, em Carlos Barbosa (RS) e Itatiba (SP) – completando um combo de investimentos de R$ 100 milhões. As aberturas e incorporações ajudaram a elevar os números de performance. No balanço de julho, já contando os empreendimentos recém-adicionados, o RevPar (receita por apartamento disponível) médio cresceu 12% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Os índices de receita também subiram. De 10% a 15% considerando a base de unidades que já faziam parte da rede no ano passado e 45% quando somadas as novas propriedades.

"Empresas especializadas na administração e até na prospecção de oportunidades para hotéis são vitais para fortalecer o mercado como um todo. Por isso obtivemos esses bons índices", pondera Paulo Roberto Caputo, presidente da corporação. O executivo esclarece que o modelo de negócio favorece hóspedes, que ganham novas opções de hospedagem, investidores, com a realização de seus projetos, e proprietárias das marcas, que disseminam seu produto. O trabalho da Atrio é unificar esse três interesses, com a expertise de operação e o know-how de três décadas em atividade.

Caputo comenta que as bandeiras internacionais, pelo menos para estabelecimentos de caráter corporativo e no nível econômico, ainda funcionam melhor para os projetos. Por isso, a bandeira ibis, em suas variações está tão presente no portfólio. Essa supremacia, contudo, está em processo de transformação. Segundo comenta Caputo, a rede está voltando às origens e reavivando o interesse por projetos de unidades midscale. "Começamos investindo nesse segmento quatro estrelas. Mas, por comportamento de mercado e estratégia, desenvolvemos mais os econômicos. Agora acho que é hora de voltar", revela.

Para os desenvolvimentos Misdcale a empresa volta a trabalhar com a AccorHotels, sua principal parceira. Nesses projetos, as bandeiras Novotel e Mercure são as escolhidas. "Nossa função, com nosso tipo de trabalho, é indicar a melhor marca para cada propriedade. Essa é nossa função, não ter marcas próprias", diz o presidente.

Atrio Hotel Management: internacionalização

Estudando as possíveis maneiras de expandir sua atuação, a Atrio começou também a estudar sua internacionalização. Destinos da América do Sul despertam interesse dos executivos da companhia. Nesse sentido, alguns estudos de viabilidade já foram encomendados para analisar os cenários em Uruguai, Chile e Paraguai.

"Primeiro precisamos entender esse mercados e o volume que teríamos. Num modelo de negócios como o nosso, onde as margens da operadora são pequenas, é necessário fazer um trabalho em escala e não idealizar uma abertura única", elucida o executivo. 

Na galeria logo abaixo, algumas fotos do evento de hoje, em São Paulo.

(*) Crédito das fotos: Filip Calixto/Hotelier News