Estamos vivendo em um mundo cada vez mais conectado – e móvel – e isso é uma realidade na indústria hoteleira, cujos profissionais devem estar prontos e atentos aos avanços da tecnologia – o que não é nenhuma novidade.

Um grupo de especialistas abordou o tema durante o painel Mobile Technology – Fast Paced & Constantly Changing, What´s Up Next? apresentado no Americas Lodging Investment Summit, evento realizado entre os dias 23 e 25 de janeiro no JW Marriott & Microsoft Theater, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

"A relação dos clientes com o mobile abrange até a forma como eles organizam os ícones nos dispositivos", explicou Bill Ramsey, diretor sênior de canais móveis da Choice Hotels International. Confira abaixo, numa lista montada por Sean McCracken, articulista do portal Hotel News Now, dos Estados Unidos, cinco tópicos da apresentação.

1 – O Mobile não é emergente, é onipresente
De acordo com Ali Abidi, moderador do painel e diretor da PwC, existem atualmente mais dispositivos conectados no mundo do que pessoas, sendo que a média é de quatro dispositivos por pessoa, que deve crescer para sete até o ano de 2027.

"Chegamos a ter acesso de 1 bilhão de pessoas por dia", disse Christine Warner, chefe do setor de viagens para a rede social Facebook. "E 20% do seu tempo é gasto em dispositivos móveis, aliás é importante salientar que 71% das atividades na internet vem desses dispositivos", completou.

2 – Há um mar de dados disponíveis para serem utilizados
Warner também explicou como o Facebook coleta uma grande quantidade de informações e como ela pode ser utilizada pelas empresas hoteleiras. "Os dados primários de nossa plataforma podem ser utilizados para a identificação de um público segmentado, que pode ser atingido com ofertas especifícas e fidelizados pelas marcas", afirmou a executiva.

Bill Ramsey declarou que um dos maiores desafios enfrentados pela indústria hoteleira é justamenta a falta de uma plataforma única que reúna todos os dados de forma simples. "Isso é algo que transcende a hospitalidade", opinou.

3 – Existe uma linha tênue entre útil e assustador
A coleta de uma grande quantidade de informações sobre hóspedes podem levar a êxitos comerciais e ao oferecimento de experiências personalizadas, mas também pode causar transtornos se estes considerarem as ações demasiadamente invasivas. "Há de se manter um elo de confiança entre você e o hóspede e para isso é preciso um diálogo aberto sobre o que você está fazendo e quais os benefícios que isso trará", afirmou Ramsey.

4 – Tenha bem definidos quais seus objetivos ao elaborar um aplicativo
Muitas são as companhias hoteleiras que investem em aplicativos, mas segundo os especialistas, poucas sabiam exatamente o que queriam no início do seu desenvolvimento. Segundo Christine Warner, os hoteleiros devem perguntar a si mesmos: 

"Quais as marcas de hotéis que utilizam aplicativos?"
"Trata-se de mais um canal de reservas?"
"Com que frequência as pessoas vão utilizá-lo?"
"Quem é o público-alvo?"
"De posse das respostas à essas questões bem delineadas, certifique-se de que a ferramente será utilitária, pois isso fará com que as pessoas a utilizem mais de uma vez", disse Warner.

5 – O dispositivo móvel aproxima o hóspede da equipe
Alexander Shashou, presidente e co-fundador da Alice, disse ter tido grandes resultados na interação entre hóspede e equipe por meio do uso de dispositivos móveis. "Se o Marketing de um hotel é feito por meio do Facebook e não transparece na recepção, então estão a viver em locais diferentes um do outro. Cada ponto de contato significa um novo relacionamento, fortalecido ao longo do tempo", explicou Shashou.

Serviço
hotelnewsnow.com

* Crédito da imagem: Pixabay/LoboStudioHamburg