fórum panrotas 2019 aberturaApós o show da banda Lana, Alcorta abriu o evento 

Foi aberto há pouco, no Centro de Convenções Fecomercio-SP, a 17ª edição do Fórum Panrotas. O encontro deve reunir, ao longo do seus dois dias, 1,2 mil participantes para ver o rico conteúdo disponível. No total, são cerca de 45 palestrantes, entre eles Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, Steven Taylor, diretor Global Accor, Kathy Morgan, vice-presidente de NDC da Sabre, e o procurador da operação Lava Jato Deltan Dallagnol.

Uma apresentação da banda Alana deu boas-vindas ao público, com participação de Pedro Miranda, um dos finalistas do The Voice Kids. Na sequência, a mestre de cerimônia Izabella Camargo chamou ao palco Guillermo Alcorta, presidente do Panrotas. “Faz 17 anos que abro o evento e muita coisa mudou desde o primeiro. O encontro está mais dinâmico, renovou temas e formatos, enfim, evoluímos. O que nunca mudou é alegria de ver vocês aqui conosco”, afirmou, para ainda citar um dos seus nos projetos.

“Temos um novo desafio: trazer turistas  internacionais para o Brasil. Junto da Ana Donato e da Jeanine Pires, estamos promovendo o Matcher, evento que visa incrementar o fluxo de turistas estrangeiros para o Brasil”, completou Alcorta, referindo-se à feira programada para Fortaleza, nos dias 28 e 29 de maio.

Fórum Panrotas: futuro do turismo

Com a palestra "O que falta para o Turismo ser Protagonista?", a programação de conteúdo do fórum foi iniciada. Participaram do painel Alexandre Moshe, diretor geral do Decolar; Bruno Lasansky, COO da Localiza Hertz; Eduardo Bernardes, vice-presidente da Gol Linhas Aéreas Inteligentes; e Luiz Fernando Fogaça, presidente da CVC Corp. Juliana Bettini, especialista do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para o Brasil moderou o debate.

De início, Juliana apresentou uma série de dados relativos ao turismo no Brasil, como fluxo turístico, representação no PIB (Produto Interno Bruto) e geração de empregos. “Além disso, somos um dos países com as maiores belezas naturais, como mostram pesquisas”, destacou. “Então, temos grande potencial, como esses dados mostram, mas há ainda gargalos. Um deles é o ambiente de negócios, assim como segurança, priorização do turismo e infraestrutura rodoviária”, observou.

fórum panrotas 2019 primeiro painel 3Primeiro painel debateu o potencial do turismo no país

Fogaça, da CVC Corp, concordou com Juliana, mas ressaltou que houve avanço em questões como infraestrutura. “Os grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíada ajudaram neste sentido, além de ter ajudado na melhora da imagem do país no exterior”, comentou. “Além disso, movimentos recentes, como a privatização de aeroportos, devem ajudar o setor também”, completou, destacando também a recente decisão de suspender a obrigatoriedade de visto para quatro países.

Levantando a bandeira do seu setor, Bernardes destacou as mudanças realizadas na aviação e como isso impactou no turismo. “Nascemos em um período no qual a liberdade tarifária estava começando e, desde então, o fluxo de viajantes só aumentou. Em paralelo, a queda nas tarifas, por exemplo, foi de mais de 50%”, disse. “Outra bandeira importante é o preço do combustível de aviação, que representa 35% dos nossos custos, enquanto no mundo é de 22%. Evidentemente, temos que repassar isso aos clientes e, por isso, a ação recente do governo paulista foi importante”, comentou o executivo da Gol.

Já Lasansky, da Localiza Hertz, comentou como os produtos podem ser trabalhados, tornando o destino mais acessível. “A experiência do cliente é um ponto fundamental, e o turista precisa de uma experiência superior. É aí que o governo precisa atuar, ofertando segurança, ajudando na qualificação dos profissionais do turismo”, disse. “Outra questão fundamental é o conteúdo. Por meio dele, podemos fazer com que os turistas comecem sua viagem pelo Recife e desçam, por exemplo, toda a costa brasileira. Por que não?”, acrescentou. 

O impacto da tecnologia no setor e como isso impacta na experiência do cliente foi citado por Moshe, da Decolar. “Mesmo com todo esse cenário de dificuldades, temos um mundo de oportunidades. Há duas agendas importantes, no qual a primeira é tecnologia. As pessoas tem mais acesso a informação, planejam a viagem em cima disso. Isso é um futuro super promissor”, avalia. “A segunda agenda importante é regulatória, e o governo tem que seguir isso. Já ocorre no mundo todo e o governo brasileiro terá que seguir”, finalizou.  

(*) Crédito das fotos: Juliana Stern/Hotelier News