HSMAI- comunicação nao violentaViviane: o grito nunca levou ninguém mais longe que um elogio

Conceito abordado no famoso livro de Marshall B. Rosenberg, a Comunicação nçao violenta foi tema da quarta palestra da conferência online promovida pela HSMAI. Comandada por Viviane Mansi, presidente da Fundação Toyota, a profissional argumentou sobre a importância de manter relações assertivas durante a pandemia e no novo normal.

“O conceito chegou para abordar questões como racismo e inclusão de pessoas com diferentes visões de mundo. Rosenberg trouxe relatos para mundo educacional, no qual ele estava inserido, mas com o tempo a CMV foi levada para outros ambientes, entre eles as organizações”, explica.

Segundo Viviane, o princípio básico é criar ambientes oportunos para a convivência e colaboração, por isso se tornou assunto tão discutido dentro das empresas. “A violência é uma expressão de necessidade não atendida e pode ser praticada pela fala e pela linguagem corporal – como um olhar atravessado, o uso do corpo em posição de combate, são formas onde essa agressividade acaba sendo colocada nas relações”, ressalta.

A speaker ainda destaca que uma dose de agressividade faz parte do comportamento humano e pode ser benéfico, mas que o ideal é nos equilibrarmos no âmbito da assertividade. “É quando consideramos o que é bom para nós e para o outro, mas não é tão simples. Hoje, estamos não apenas trabalhando de casa, mas fazendo tudo no mesmo ambiente e queremos nos colocar em uma posição de que está tudo bem, quando na verdade não está”.

HSMAI: comunicação no dia a dia

Por muitas vezes, acabamos sendo violentos em nosso dia a dia sem perceber. Para Viviane, o segredo está na observação. “Em nossas relações, é preciso perguntar primeiro, tentar na maior parte das vezes ser generoso, pois o comportamento agressivo é um pedido de ajuda. Quando começamos a olhar dessa forma, conseguimos lidar melhor com as pessoas. CMV é um jeito de pensar, é mindset”.

“Nosso olhar com as pessoas e a forma de ajudar podem melhorar tudo. Um grito nunca levou ninguém mais longe do que um elogio. Desta forma, em alguns anos, teremos um processo de gestão com pessoas melhores, com diálogos apreciativos, o que gera um campo de oportunidades”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Getty Imagens

(**) Crédito da foto: reprodução da internet