A Aeroportos Brasil S.A., concessionária do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), protocolou hoje (7) pedido de recuperação judicial. Informações na imprensa dizem que a dívida da empresa ultrapassa R$ 2,8 bilhões. Um conjunto de três acionistas – Triunfo Participações e Investimentos, UTC Participações e a francesa Egis Airport Operation – forma a concessionária. As informações são da agência de notícias Reuters. 

O pedido, divulgada via fato relevante, foi protocolado na 8ª Vara Cível da Justiça de Campinas pela Triunfo Participações e Investimentos. A solicitação foi feita engloba as controladas em conjunto Aeroportos Brasil, Aeroportos Brasil Viracopos e Viracopos Estacionamentos. A concessionária disse que as operações do aeroporto seguirão dentro da normalidade.

“Não obstante os incessantes esforços de seus administradores, a situação financeira das sociedades agravou-se de forma substancial nos últimos dias, levando à decisão por parte dos acionistas do ajuizamento do pedido de recuperação judicial”, disse a empresa, no fato relevante publicado hoje.

Viracopos: dívidas acumuladas

O consórcio Aeroportos Brasil ganhou, em fevereiro de 2012, o direito de explorar o aeroporto por 30 anos, em conjunto com a Infraero. Segundo a Triunfo, Viracopos e seus acionistas vêm suportando prejuízos desde o início da operação. De acordo com a empresa, os problemas são decorrentes de desequilíbrios econômico-financeiros do contrato de concessão e da crise macroeconômica “que contribuiu para frustrar, em níveis absolutamente exorbitantes e imprevisíveis, a demanda de transporte de passageiros e movimentação de cargas que havia sido projetada à época da licitação”.

Em julho do ano passado, os concessionários decidiram devolver a concessão para a União o aeroporto fosse relicitado, com a inclusão do terminal Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). “Entretanto, passados nove meses do protocolo deste requerimento, até o momento não foram adotadas pelas autoridades administrativas responsáveis as medidas necessárias à qualificação do contrato de concessão no âmbito do PPI, que consiste na primeira fase do processo de relicitação”, disse a Triunfo.

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Crédito da foto: Diego Padgurschi/Folhapress