Vista do alto do Morro do Pai Inácio, na Chapada
Diamantina (BA). Sensação indescritível
(fotos: Chris Kokubo)
 
Ponto de partida para expedições à Chapada Diamantina, no centro geográfico da Bahia, a cidade de Lençóis oferece boas opções de hospedagem. A equipe do Hôtelier News passou uma noite no Hotel de Lençóis, um dos hotéis mais aconchegantes da cidadezinha, e experientou ao máximo possível, nesse curto espaço de tempo, tudo que a hospitalidade local tem a oferecer.
 
Entrada do Hotel de Lençóis


Aconchego e conforto rodeado de muita natureza. Esta é a vista
que se tem de costas para a entrada, olhando para a esquerda

 
Instalado em um antigo casarão, o hotel foi construído pelo governo da Bahia nos anos 70. Na época, foram levantados 12 hotéis espalhados pelo estado, e o de Lençóis foi um deles. Em 1982, um leilão foi realizado para a venda de todos esses hotéis, que o poder público não conseguia administrar. É aí que Dionizio S. Martins entra na história.
 
“Eu não queria comprar o hotel, mas fui ao leilão. Meu lance foi de 8% do faturamento para o governo, o que eu considerava um valor baixo. No final das contas, foi a maior oferta, e eu acabei levando o hotel”, conta o proprietário. Em 1994 o governo vendeu de vez o Hotel de Lençóis a Dionizio e sua esposa, a norte-americana Rebecca, que já está há mais de 30 anos morando na Bahia.
 
A rua de paralelepípedos em frente
ao hotel leva ao centro da cidade
 
No início eram 18 UHs e atualmente o hotel oferece 50. “Antigamente a infra-estrutura era muito precária. Tínhamos 18 apartamentos, mas se cinco estavam ocupados, já faltava água, a luz caía. A cidade era uma vila, não tinha nada. Se você precisasse de uma caixa de pregos, não encontrava”, lembra Seu Dionizio.
 
 
50 UHs distribuídas em mais de 50 mil m² de área verde. Quatro categorias de apartamentos com TV, frigobar, cofre, ventilador
e ar condicionado. Alguns deles, com varanda e rede
 
 
A pequena ponte leva à entrada do restaurante
Roda D’Água. Lá dentro, uma charmosa fonte
 
 
A roda d’água em si fica do lado de fora,
entre o restaurante e a piscina
 
 
Muitas plantas – uma das paixões de Seu Dionizio – decoram
os ambientes, assim como as paredes do antigo casarão
 
A cidade de Lençóis, cujo desenvolvimento sempre esteve ligado à exploração do diamante – atualmente proibida – e que hoje em dia tem no turismo praticamente sua única fonte de renda, possui aproximadamente 10 mil habitantes, todos eles com alguma história do garimpo para contar.
 
Duas versões explicam o nome da cidade: a alusão à aparência caudalosa que o rio tem em época de cheia, e a da visão das  cabanas brancas dos garimpeiros armadas à beira do rio vistas de cima.
 
Em época de pouca chuva, a população local
lava roupa nas margens secas do rio Lençóis
 
Dois dias e uma noite não são, nem de longe, tempo suficiente para conhecer a Chapada Diamantina. Mas são suficientes, isso sim, para ver o tanto de belezas que esse lugar tem a oferecer. O jeito é se programar para voltar e ficar, quem sabe?, um mês inteirinho experimentando a energia desse lugar.
 
Aí está a Cachoeirinha, no Rio Laranjeiras,
um braço do Rio Lençóis. A trilha até ela não
é tão pesada nem demorada. E o banho

revigora até a alma
 
A água bateu e furou a pedra,
formando galerias. O tronco da
árvore resiste firme
 
O rio Mucugezinho tem algumas quedas que formam
piscinas naturais. A cor da água é avermelhada por
causa da composição geológica do lugar
 
Antes do começar a subida, clicamos o Morro dos Três Irmãos, à esquerda, e o Morro do Pai Inácio, à direita. O ponto de onde
tiramos a fotografia é exatamente o centro geográfico da Bahia
 
Serviço