Alexandre Solleiro, presidente do BHG
(foto: divulgação/Máquina Cohn & Wolfe)

Ontem (2), no final do dia, a notícia de uma transação mudando de mãos a administração de 4,4 mil quartos hoteleiros no Brasil pegou muita gente de surpresa. A negociação em questão envolveu a AccorHotels, que, dessa maneira, incorpora mais 26 hotéis à sua oferta, e o BHG (Brazil Hospitality Group), que apressa-se em classificar a manobra como uma oportunidade para, ao contrário do que parece, ampliar seu, já significante, alcance dentro do mercado nacional – a companhia que leva o país no nome ocupa o posto número três no mercado de meios de hospedagem administrados.

Alexandre Solleiro, CEO do BHG, assegura que a negociação é motivo de entusiasmo para quem planeja os passos da empresa. "Estamos muito animados com as oportunidades que esta transação criará para a nossa companhia, nossos parceiros comerciais, investidores e equipes. A totalidade dos recursos gerados nesta transação será reinvestida na renovação e modernização dos hotéis de nossa propriedade", afirma. Os valores aos quais o CEO se refere são os R$ 200 milhões que viabilizaram todo o processo.

"Além disso, este negócio também nos permitirá direcionar os recursos e equipes do BHG para o desenvolvimento do nosso negócio de Administração Hoteleira com nossas marcas próprias (Soft Inn, Solare e The Capital) e aquelas que representamos (Royal Tulip, Golden Tulip e Tulip Inn)", acrescenta o executivo.

A companhia coordenada por Solleiro é o braço hoteleiro dos grupos GP Investments e GTIS Partners, que participaram do anúncia do entendimento com a Accor.

Apesar da consolidação da parceria com a empresa francesa, o BHG permanece como maior proprietário de ativos imobiliários hoteleiros dentro do País e como terceira rede gestora no ranking nacional. Mesmo com os contratos assinados, "O Brazil Hospitality Group ainda manterá uma posição de liderança como administradora hoteleira, operando 20 unidades, com 3,7 mil quartos em diversas categorias, incluindo a administração do Hotel Marina Palace, no Rio de Janeiro", enfatizou um comunicado distribuído à imprensa.

Rubens Freitas, Sócio da GP e Presidente do Conselho da BHG, considera que: "Essa transação é mais uma etapa de um processo de criação de valor que começou quando fundamos o BHG em 2007 e com o qual a GP continua completamente comprometida".

Josh Pristaw, senior managing director, co-Head para o Brasil e head para o mercado de capitais da GTIS Partners, também pronunciou-se sobre o tema. "Esta transação representa um marco importante no plano estratégico para a criação de valor no BHG, que possui um portfólio brasileiro no setor imobiliário hoteleiro incomparável e de elevada qualidade, a partir de investimentos em capital e reposicionamento. A GTIS continuará também a apoiar o crescimento da empresa como uma operadora hoteleira de referência no Brasil".

A previsão das empresas é que a operação esteja concluída no último trimestre de 2017, após análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Serviço
www.bhghoteis.com.br