Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue

(foto: inmetro.gov.br)

 
O problema do Aedes aegypti, que tem afetado a população carioca e deixado o Rio de Janeiro em estado de alerta contra a epidemia, está refletindo na hotelaria da capital fluminense. É fato que os bairros da zona Norte foram os que tiveram maior índice de pessoas atingidas pelo mosquito e os que menos oferecem hospedagem, mas a necessidade de prevenção e preocupação se estende por toda a cidade maravilhosa.

De acordo com Alfredo Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro, a entidade está fazendo a sua parte por meio do envio de comunicados, localização de focos e transmissão de informações sobre medidas necessárias. O executivo acredita que a dengue não está comprometendo a hotelaria da cidade e traduz em números o que considera resultados positivos para o mês de março.

 

“A Barra da Tijuca, bairro que foi atingido pela dengue, registrou 67,13% de ocupação no último mês, índice quase 30% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Já Ipanema e Leblon atingiram 84,58% contra 67,15% em 2007”, informa o executivo, acrescentando que Leme e Copacabana também tiveram um desempenho melhor ao fechar o mês com 81,07% e ter registrado no ano passado 67,63%. Além disso, a média geral ficou décimos acima, totalizando 61,62%.


Já para Alexandre Sampaio, presidente do SindRio e vice da
Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), o mosquito tem sido um problema também para os que não foram infectados. “Já ocorreram cancelamentos de grupos aéreos e rodoviários que tinham realizado reservas. É um fator preocupante que pode piorar com a desistência de congressos nacionais, inclusive para outros anos”, acredita.

 

Sampaio acredita que a ocupação de março não foi tão afetada, mas que a de abril pode sofrer mais conseqüências. “O Rio já tem um crescimento de mercado natural, mas é necessário ficarmos alerta, pois os cancelamentos estão ocorrendo. As medidas já estão sendo divulgadas, o que ajuda a diminuir os impactos, mas pensar em realizar trabalhos preventivos é um compromisso que deve ser feito para que em 2009 ocorra a erradicação dos vetores de contaminação do mosquito”, finaliza.
 
 
Sheraton e Novo Mundo: campanhas de conscientização
(fotos: shreaton-rio.com.br e portugal.hotels.com)

Equipe
Alguns hotéis não confirmam desistências de reservas, mas adotam medidas que podem minimizar os riscos aos hóspedes. “Aplicamos fumacê em toda área de lazer à noite, colocando inseticida nas plantas e nos possíveis focos. Além disso, estamos realizando uma campanha educativa e de conscientização dirigida aos nossos colaboradores”, conta Danielle Petra, gerente de Relações Públicas do Sheraton Rio Hotel e Resort.
 

A falta de colaboradores por terem contraído o vírus da dengue tem sido driblada pelo empreendimento. No hotel foi implantada uma campanha educativa com explicações sobre a doença, seus sintomas e, principalmente, como evitá-la. “Tivemos somente dois casos de trabalhadores com dengue, ambos moradores da principal área de risco, a zona Oeste. Já os turistas, buscaram informações sobre a doença na cidade, mas ao explicarmos as medidas que estão sendo tomadas não tivemos reservas canceladas”, afirma Daniela.
 
 
Sofitel e Marina: sem alterações nas reservas
(fotos: johnnyjet.com e brasilviagem.com)

 

No Sofitel Rio e nas unidades da rede Marina, situados respectivamente em Copacabana e Leblon, também não ocorreram desistências de hospedagem tanto para de hóspedes a lazer quanto a visitantes para eventos. Segundo as assessorias de imprensa dos hotéis, tudo continua dentro da normalidade.

 

Já no Novo Mundo, localizado na praia do Flamengo, a gerente de Vendas Patrícia Aragão constatou redução na procura pelo público corporativo. Para o mês de abril, a expectativa de atingir 60% de ocupação não deve ser concluída. “Acredito que fecharemos o mês com menos 10% do esperado. Não tive cancelamentos em função da dengue, mas as reservas não estão acontecendo, principalmente para os negócios”, aponta.

 

A executiva ainda destaca que o empreendimento realiza trabalhos de conscientização com os colaboradores por meio de campanhas educativas sobre os males da contaminação e como evitá-la, além da dedetização nas áreas abertas do local, que já era feita com freqüência antes da epidemia. “Disponibilizamos repelentes na recepção para os hóspedes e se acharmos necessário iremos preparar um informativo. Por enquanto acreditamos que a mídia está oferecendo informações suficientes”, conta a gerente do hotel, que teve apenas um colaborador atingido pelo vírus, dos 170 existentes.

(Rhaiane Sodré)

 

Serviço

www.fnhrbs.com.br

www.hotelmarina.com.br  

www.hotelnovomundo-rio.com.br

www.riodejaneirohotel.com.br

www.sheratonrio.com.br

www.sofitel.com.br