liveTransmissão ao vivo foi realizada entre às 15h e 17h, pelo YouTube

Após abordar as consequências de uma possível guerra tarifária, o Hotelier News em parceria com o Grupo R1 realizou hoje (13) sua segunda live transmitida pelo YouTube. Desta vez, quatro CEOs de grandes grupos hoteleiros debateram quando e como será a retomada do setor, além de outros assuntos como mudanças no comportamento do consumidor, nas operações e o papel do governo perante à crise.

Alexandre Gehlen (ICH Administração de Hotéis), Francisco Costa Neto (Aviva), Paulo Roberto Caputo (Átrio Hotel Management) e Roberto Bertino (Nobile Hotéis) participaram da transmissão expondo suas previsões para o mercado e medidas que suas respectivas redes vêm adotando para minimizar os impactos do coronavírus, além de Roland Bonadona (Bonadona Consult) como mediador convidado. No palco do WTC Sheraton São Paulo, Raffaele Cecere (R1) deu as boas-vindas ao bate-papo, mediado por Peter Kutuchian e Vinicius Medeiros (Hotelier News).

Bonadona iniciou o debate questionando qual a previsão de reabertura dos hotéis e quais critérios os empresários estão utilizando como base para a programação dos próximos meses. “Como observamos na China e em crises anteriores, vimos que não é imediatamente que a demanda será retomada. As aéreas não voltarão a operar normalmente tão cedo e hotéis funcionarão com baixas ocupações, girando entre 10% e 15%, e, desta forma, não é possível equilibrar as finanças”, comentou.

As incertezas foram unânimes entre os convidados que, em sua maioria, esperam uma retomada em junho com aquecimento em julho. Comitês de crise, planejamentos, priorização da segurança de hóspedes e colaboradores e aumento de demanda nos destinos foram os principais critérios para a retomada das operações.

“Começamos a entender o tamanho do problema no dia 10 de março, quando fizemos o plano de desaceleração. Comentei com os investidores que a meta era fechar em abril e maio com uma retomada lenta em junho. Nosso critério de reabertura será logística, malha aérea, movimentação de pessoas nas cidades e dados que nos deem sustentação”, explicou Gehlen.

Já Caputo falou em “hibernação” das operações e preparação para a recuperação quando a crise passar. “Foi tudo muito abrupto. Nunca tínhamos experimentado este cenário. Abril e maio de um modo geral será melhor ficar hibernando, preparando nossas empresas para acordar melhor. A decisão de reabertura depende do que está acontecendo fora, analisando hotel por hotel, mercado por mercado”. 

Live: mudanças de consumo

Outro assunto muito comentado foram as possíveis mudanças de comportamento do consumidor. Com um cenário de incertezas, a confiança do turista para viajar será intimamente afetada, o que causará grande impacto no setor, especialmente no segmento de lazer. “Estamos majoritariamente inseridos no segmento de lazer, apenas 10% da nossa demanda é corporativa. Todos os resorts estão fechados e vejo que, com um cenário de estresse, a retomada vai acontecer apenas em setembro. Contamos com um clube de fidelidade com 35 mil membros e 96% de remarcações para o segundo semestre. Temos que encarar qual será o comportamento do consumidor e quais serão as tendências de longo prazo que vão nos afetar por anos, não meses”, comentou o CEO da Aviva.

Bertino afirmou que a falta de confiança das pessoas em viajar será um dos grandes problemas que aguardam a hotelaria, além da falta renda. “É preciso retomar o ambiente de segurança, que seja favorável às pessoas viajarem, seja no lazer ou no corporativo. A pergunta é: será que as pessoas estarão com a confiança resgatada para se expor?Tem muita coisa pela frente que vai revelar a real situação, por mais crítica que ela seja. Temos que focar nos novos hábitos do consumidor para nos reinventarmos”.

Para assistir à live completa, acesse o link (a transmissão começa a partir do minuto 18:10).

(*) Crédito das fotos: reprodução de internet