Equipe da KSE fala aos hoteleiros: Édio Vieira, diretor (em pé),
 e os engenheiros Vitor de Araújo Nogueira e Josseiel Soares
(fotos: Juliana Bellegard)
 
A primeira oficina da manhã de hoje (5) do 25º Encatho, que acontece em Florianópolis, tratou de um assunto que está bastante em voga: a sustentabilidade. Édio Vieira, diretor da KSE Soluções Ambientais, e os engenheiros Vitor de Araújo Nogueira e Josseiel Soares, apresentaram aos hoteleiros a estação de tratamento de efluentes (resíduos de esgoto), produto oferecido pela empresa. “Falo como cidadão: a consciência ambiental hoje é fundamental”, diz Vieira.
 
Ele apontou, logo no início da oficina, uma questão importante levantada por muitos empresários na hora de construir seu
empreendimento: o custo de instalação de estações de tratamento. “Nós temos consciência de que isso tem seu custo, mas agrega muito valor a um hotel”, explica, ressaltando que o tratamento de resíduos por meio de eletrólise, feito pela KSE, consome 30% menos energia que as estações convencionais, não utiliza produtos químicos e resulta em uma água classificada como classe 1. A água pode ser utilizada em irrigação de jardins, limpeza de áreas comuns e veículos e também nas descargas, não havendo risco de contágio por meio do contato direto com a pele.
 
Para o engenheiro Josseiel Soares, a reutilização da água gera uma economia que, a longo prazo, mostra-se vantajosa em relação ao custo da instalação de uma estação de tratamento tradicional. Ele explica que, em alguns casos, a manutenção da fossa sanitária e as medidas emergenciais tomadas para o tratamento do esgoto acabam saindo mais caras do que o investimento em uma solução de qualidade. “Fala-se muito no reuso, mas ainda se faz pouco”, critica, apontando que não só a água tratada de efluentes, mas também a água da chuva, pode ser reutilizada.
 

Nogueira mostra uma miniatura de uma
estação de tratamento da KSE
 
Vitor de Araújo Nogueira, também engenheiro da KSE, explica que o sistema da empresa funciona recebendo os resíduos de esgoto e tratando por meio de letrólise com corrente alternada. “Os elementos responsáveis pela limpeza dos efluentes são os eletrodos, feitos de alumínio reciclado. A sustentabilidade do projeto se estende neste ponto também. O empreendimento pode arrecadar latinhas de alumínio usadas e nos devolver, para que possamos produzir estes eletrodos e trocá-los quando necessário”, defende. Como resultado do processo, além da água classe 1, sobra um resíduo sólido (lodo), sem odor e inerte (sem risco de contaminação), que pode ser facilmente descartado pela limpeza do hotel.
 
A KSE expõe sua solução hoje (5) e amanhã (6) na Exprotel, que acontece simultaneamente com o Encatho. Convidando os hoteleiros a conhecer o produto, Vieira ressalta, novamente, a importância da sustentabilidade de um hotel: “Crime ambiental prescreve, mas o dano ambiental não”.
(Juliana Bellegard)
 
 
*A equipe do Hôtelier News viaja a convite da ABIH-SC